Cinco crianças russas detidas em Moscovo por participarem em manifestação contra a guerra

2 mar 2022, 21:09

"Nada fora do comum. Esta é a Rússia de Putin"

Um grupo de cinco crianças foi fotografado após ter sido detido em Moscovo, na Rússia, por estarem entre os manifestantes contra a invasão da Ucrânia.

Segundo avança o Telegraph, a detenção dos menores terá acontecido no momento em que estes colocaram flores na embaixada ucraniana na capital russa. Ekaterina Zavizion e Olga Alter foram detidas pelos oficiais russos com os seus filhos Sofya Gladkova, de sete, Liza Gladkova, de 11, Gosha Petrov, de 11, Matvey Petrov, de nove, e David Petrov, também de sete anos.

As fotografias também foram partilhadas por várias personalidades, entre elas o político da oposição russa Ilya Yashin. Uma das crianças segurava um cartaz no qual se podia ler em russo "não à guerra", fazendo-se acompanhar pelo desenho de pequenas bandeiras russas e ucranianas. Também outra criança que transportava flores, foi fotografada dentro daquela que aparentava ser a esquadra da polícia de Presnenskoye, em Moscovo, avançou o jornal The Sun.

Ilya Yashin partilhou algumas imagens desses momentos nas redes sociais. "Nada fora do comum. Esta é a Rússia de Putin, vocês vivem aqui", lê-se na legenda da imagem, que se refere às crianças que foram colocadas nas carrinhas da polícia "por causa de um cartaz contra a guerra".

A política e membro do Conselho de Coordenação da Oposição Russa Lyubov Sobol quis manifestar-se sobre as imagens divulgadas, comparando a forma como as crianças são tratadas na Ucrânia e na Rússia e fazendo, por isso, o paralelismo entre os abrigos onde se tentam proteger os menores ucranianos versus "a jaula" onde se encontravam as crianças russas.

A situação também foi denunciada através da página de Facebook da antropóloga e professora na Universidade Estatal Russa para as Humanidades Alexandra Arkhipova, que relatou o sucedido e publicou um vídeo do momento. 

A Rússia invadiu a Ucrânia na madrugada de 24 de fevereiro, dois dias após o presidente russo, Vladimir Putin, reconhecer a independência dos territórios separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia.

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