Chefe da inteligência militar ucraniana antecipa uma mudança no poder da Rússia, que admite que poderá ocorrer através de um golpe de Estado
O chefe da inteligência militar ucraniana, Kyrylo Budanov, assegurou, na sexta-feira, que o presidente russo, Vladimir Putin, está "muito doente" com cancro.
"Está numa condição física e psicológica muito má", afirmou o general ucraniano.
Em entrevista à Sky News, o responsável antecipa também uma mudança no poder da Rússia, que admite que poderá ocorrer através de um golpe de Estado, sublinhando que o “processo já está em marcha”.
Os rumores de problemas de saúde de Putin têm vindo a circular recentemente, mas a CNN Portugal ainda não pôde confirmar a informação de forma independente.
"A maioria das ações de combate ativo terá terminado até o final deste ano"
Na mesma entrevista, Kyrylo Budanov indicou que a guerra contra a Rússia chegará a um ponto de viragem em meados de agosto e terminará até o final do ano.
"O ponto de ruptura será na segunda parte de agosto", disse o major-general Kyrylo Budanov, acrescentando que "a maioria das ações de combate ativo terá terminado até o final deste ano".
"Como resultado, renovaremos o poder ucraniano em todos os nossos territórios que perdemos, incluindo o Donbass e a Crimeia", concluiu.
O general afirmou ainda que a Rússia está a sofrer enormes perdas – embora não se baseie nas baixas ucranianas – e disse que não ficou surpreendido com a escala, já que o poder russo é um “mito”.
" A Europa vê a Rússia como uma grande ameaça. Eles têm medo da sua agressão. Estamos a lutar contra a Rússia há oito anos e podemos dizer que esse poder russo altamente divulgado é um mito. Não é tão poderoso quanto isso. É uma horda de pessoas com armas"
Budanov disse ainda que as forças russas que atacaram a cidade de Kharkiv, no nordeste do país, foram empurradas de volta quase para a fronteira russa e que o seu fracasso em cruzar o rio Siverskyi Donets há vários dias resultou em "pesadas perdas".
"Posso confirmar que sofreram grandes perdas em mão de obra e blindados e posso dizer que quando os ataques de artilharia aconteceram muitas das tripulações abandonaram seus equipamentos".
O general também afirmou que a derrota russa na Ucrânia levaria à destituição do presidente russo Vladimir Putin e que um golpe já estava em andamento contra ele. “Eles estão a movendo-se dessa maneira e é impossível pará-lo”, disse, mas sem apresentar, contudo, alguma evidência para apoiar a alegação.