Presidente russo diz que a população civil "não deve sofrer com os bombardeamentos" e que os voluntários vão ajudar as pessoas a sair da região
Vladimir Putin afirmou, esta sexta-feira, que as "ações mais perigosas" vão acontecer em Kherson e aconselha as pessoas a sair, avança a RIA Novosti.
"A população civil não deve sofrer com os bombardeamentos, com algum tipo de ofensiva ou contraofensiva e outras medidas relacionadas com as operações militares", afirmou o presidente russo.
Falando num encontro com ativistas pró-Kremlin, Putin disse ainda que "aqueles que vivem em Kherson devem ser retirados das zonas das ações mais perigosas, porque a população civil não deve sofrer".
O presidente russo garantiu também que os voluntários vão continuar a ajudar os civis a sair dessas áreas.
Recentemente, Kirill Stremousov, chefe adjunto da administração apoiada pela Rússia, alertou que os confrontos na frente de Kherson podem intensificar-se na próxima semana e meia e que a situação na região continua instável.
A região de Kherson foi anexada pela Rússia em 30 de setembro, juntamente com Zaporizhzhya (sudeste), Donetsk e Lugansk (no Donbass, leste). A 13 de outubro, o governador da região apelou à população que saísse para outros locais, perante o aumentar de tensão.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro deste ano, mergulhando a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido equipamento militar às forças de Kiev, que lhes permitiu lançar uma contraofensiva em regiões que estavam sob controlo russo.