Ucrânia acusa Rússia de atacar Azovstal com bombas de fósforo branco

15 mai 2022, 17:37

Recorde-se que a fábrica de Azovstal em Mariupol está sob ataque há várias semanas, onde permanecem entricheirados muitos combatentes ucranianos

Um conselheiro da cidade ucraniana de Mariupol acusou as tropas russas de usarem bombas de fósforo branco para atacar a fábrica de Azovstal, numa altura em que circula um vídeo nas redes sociais que mostra precisamente uma “chuva” de manchas brancas a cair sobre a planta do complexo siderúrgico. 

“O inferno chegou à terra, a Azovstal”, escreveu o conselheiro Petro Andruchenko na sua conta de Telegram, que partilhou o vídeo, acrescentando que as explosões se tratam de bombas de fósforo branco.

As imagens que se tornaram virais este domingo, foram partilhadas no Telegram por Alexander Khodakovsky, um comandante pró-russo da região de Donetsk, com a seguinte descrição: “Se não sabem o que é ou para que serve, podem pelo menos dizer que é bonito”.

Recorde-se que a fábrica de Azovstal em Mariupol está sob ataque há várias semanas, onde permanecem entricheirados muitos combatentes ucranianos.

Esta não é a primeira vez que o exército russo é acusado de realizar ataques com bombas de fósforo branco. O mesmo já tinha acontecido em março. Na altura, as autoridades ucranianas afirmaram que estas armas serviram para atacar a cidade de Popasna, a 100 quilómetros a oeste de Lugansk, no leste da Ucrânia.

A utilização de fósforo branco está envolta em alguma controvérsia. A Human Rights Watch esclarece que este componente não se classifica como uma “arma incendiária”, algo que é proibido e monitorizado pelo terceiro protocolo da Convenção das Nações Unidas para Certas Armas Convencionais, e que se refere a armas como a napalm, por exemplo. Ainda assim, a organização esclarece que este componente trabalha da mesma forma que as armas incendiárias, podendo causar focos de incêndio e queimaduras graves através das chamas, do calor ou da combinação de ambos, numa reação química que pode provocar múltiplos ferimentos em seres vivos.

 

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