Trabalhadores do Twitter começam a receber emails de despedimento assim que chegarem ao escritório

CNN Portugal , AM com Lusa
4 nov 2022, 11:41
As novas medidas não foram bem recebidas por alguns utilizadores. Foto: Tayfun Coskun/Anadolu AgencyGetty Images

Decisão acontece uma semana depois da empresa ter sido comprada por Elon Musk

O Twitter vai começar a demitir funcionários esta sexta-feira, disse a rede social num email enviado aos trabalhadores, uma semana depois de ter sido adquirida pelo empresário Elon Musk.

“Começaremos o difícil processo de redução de nossa força de trabalho global na sexta-feira [hoje]”, anunciou o Twitter no e-mail a que o Insider teve acesso.

A mensagem diz ainda que todos os funcionários vão receber informações ainda esta sexta-feira, assim que abrir o escritório do Twitter na Califórnia, no oeste dos Estados Unidos, mas não especifica quantas pessoas serão demitidas.

“Reconhecemos que vários indivíduos que fizeram contribuições notáveis para o Twitter serão afetados, mas essa ação infelizmente é necessária para garantir o sucesso da empresa no futuro”, disse a empresa aos funcionários.

Assim, pelas 9:00 (locais, 16:00 em Lisboa) os trabalhadores vão receber na caixa de email a mensagem que os informa se continuam ou não a ter emprego. 

"Antes das 9:00 da manhã de sexta-feira 4 de novembro, todos vão receber um email individual com o assunto 'o seu papel no Twitter'. Por favor, revê o teu email, incluindo a pasta de spam. Se o teu emprego não for afetado, receberás uma notificação através do teu email do Twitter. Se o teu emprego for afetado, receberás uma notificação com os próximos passos através do teu email pessoal. Se não receberes um email de twitter-hr@ até às 17:00 de sexta-feira, envia um email para [endereço de email concreto]", lê-se no email a que o Insider teve acesso.

Horas antes, o jornal Financial Times (FT) tinha dito que Musk pretendia demitir até metade dos 7.500 funcionários do Twitter, de acordo com fontes ligadas à compra da empresa digital, como parte do corte planeado de custos.

Como parte desses planos, o bilionário pretende cortar cerca de 3.700 postos de trabalho da empresa digital adquirida por 44 mil milhões de dólares (45,3 mil milhões de euros), indicaram fontes próximas do projeto.

“O processo de demissão em andamento é uma farsa e uma desgraça. Os lacaios da Tesla tomam decisões sobre pessoas sobre as quais não sabem nada, exceto o número de linhas de código produzidas. Isso é um completo absurdo”, disse, no domingo, Taylor Leese, diretor de uma equipa de engenharia do Twitter, que disse ter sido demitido.

De acordo com o jornal britânico, Musk também pretende exigir o trabalho presencial nos escritórios a partir de segunda-feira, revertendo a atual política do Twitter, que permite aos funcionários trabalhar remotamente.

O FT acrescentou que Musk já deixou a marca no Twitter, desde que finalizou a aquisição, pedindo aos funcionários que trabalhem em tempo integral em projetos selecionados.

No final da semana passada, Musk reformulou a equipa, demitindo executivos, incluindo o responsável do Twitter, Parag Agrawal, enquanto levou para a empresa um pequeno grupo de conselheiros de confiança, incluindo o advogado pessoal Alex Spiro.

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