Ainda assim, a procura está abaixo da verificada em 2019, antes da pandemia
A procura de transporte nos metros de Lisboa e Porto e na Transtejo/Soflusa aumentou 45% em janeiro e fevereiro deste ano face ao mesmo período de 2022, indicou o Ministério do Ambiente, que tutela aquelas empresas.
Em comunicado, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática afirmou que estes dados “confirmam a tendência de recuperação do número de passageiros registada ao longo do último ano”.
Apesar disso, o Governo ressalvou que a procura no Metropolitano de Lisboa e na Transtejo/Soflusa ainda está, respetivamente, 8% e 6% abaixo da verificada em 2019, quando a operação das empresas ainda não tinha sido afetada pela pandemia de covid-19.
Quanto ao Metro do Porto, o número de passageiros registado nos dois primeiros meses do ano superou em 12% a procura registada em 2019.
No entanto, ainda “não atingiu os valores de 2020, que refletem os ganhos de procura decorrentes da aplicação do Programa de Apoio à Redução Tarifária nos Transportes Públicos (PART), em abril de 2019”, lê-se no comunicado.
Segundo dados revelados pelo Ministério do Ambiente, o Metro do Porto transportou 8,250 milhões de passageiros em janeiro e fevereiro de 2022 e 11,673 milhões (+41%) nos mesmos meses deste ano, enquanto no Metro de Lisboa esses números foram de 17,287 milhões em 2022 e 25,671 milhões (+49%) de passageiros em 2023.
Quanto à Transtejo/Soflusa, que faz o transporte fluvial entre a margem sul do Tejo e Lisboa, recebeu 2,088 milhões de passageiros nos primeiros dois meses do ano passado e 2,835 (+36%) milhões nos mesmos meses deste ano.
O Governo ressalvou ainda na nota que estes dados da procura dos transportes urbanos coletivos “são provisórios e podem ainda ser revistos”.
No comunicado, o Ministério do Ambiente indicou também que, entre 2019 e 2022, através do PART, do Programa de Apoio à Densificação e Reforço da Oferta de Transporte Público (PROTransP) e de dotações extra para manter a oferta durante o período de pandemia, foram mobilizados cerca de 905 milhões de euros para os transportes públicos.
Na Lei do Orçamento de Estado de 2023, ficaram inscritos 138,6 milhões de euros para o PART, aos quais acrescem 50 milhões de euros para assegurar a manutenção dos preços vigentes em 2022 dos passes de transportes públicos e mais 60 milhões de euros, no caso de ser necessário assegurar os níveis de oferta, acrescentou.
O PROTransP mantém a verba de 20 milhões de euros, reforçada em 2022.