Greve dos trabalhadores da Transtejo com adesão de 100%

Agência Lusa , DCT
10 out 2022, 11:32
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Os trabalhadores da Transtejo iniciaram esta segunda-feira uma greve de três horas por turno, no início dos turnos da manhã e da tarde, durante cinco dias, para reivindicar aumentos salariais, queixando-se dos aumentos do custo de vida

A greve de três horas por turno dos trabalhadores da Transtejo, que assegura as ligações fluviais entre Lisboa e a Margem Sul, para pedir aumentos salariais, registou hoje de manhã uma adesão de 100%, segundo fonte sindical.

“A greve teve uma adesão de 100% entre as 07:00 e as 10:00. As estações estiveram encerradas”, adiantou à Lusa Paulo Lopes, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), acrescentando que os trabalhadores vão voltar a parar três horas entre as 16:00 e as 19:00.

Os trabalhadores da Transtejo iniciaram esta segunda-feira uma greve de três horas por turno, no início dos turnos da manhã e da tarde, durante cinco dias, para reivindicar aumentos salariais, queixando-se dos aumentos do custo de vida.

Após um plenário no final de setembro, Carlos Costa, da Fectrans, adiantou à agência Lusa que os trabalhadores haviam decidido levar a cabo mais uma paralisação parcial entre os dias 10 e 14 de outubro.

“A nossa expectativa é conseguir o reinício das negociações com o Governo e com a administração. Mantém-se a intransigência governamental e do conselho de administração nos 0,9% (percentagem de aumento aceite) e não passa disso. A inflação já vai à volta dos 8% e, por isso, a proposta de 0,9% é irrelevante para o poder de compra atual”, argumentou então.

Por seu turno, a empresa, em resposta à Lusa, confirmou que a greve será de três horas por turno de serviço e a todo o trabalho suplementar entre as 00:00 de hoje e as 24:00 do dia 14 de outubro, salientando que as negociações com os sindicatos continuam a decorrer.

A Transtejo é responsável pelas ligações do Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, a Lisboa.

Esta empresa partilha o conselho de administração com a Soflusa, responsável pela travessia entre o Barreiro, no distrito de Setúbal, e o Terreiro do Paço, em Lisboa.

Os trabalhadores de ambas as empresas têm levado a cabo nos últimos meses várias ações de luta, reivindicando uma valorização salarial e a contratação de funcionários.

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