Meia centena de motoristas TVDE em protesto por taxa fixa de serviço e mais fiscalização

Agência Lusa , HCL
2 fev 2022, 19:55

Os motoristas que trabalham para as plataformas digitais estiveram greve, com um protesto que chegou de forma ruidosa à Avenida da Liberdade, em pleno coração de Lisboa.

Cerca de meia centena de parceiros e motoristas das plataformas digitais TVDE juntaram-se esta quarta-feira, em Lisboa, em protesto por mais fiscalização e uma taxa fixa nos serviços, entregando o caderno com as reivindicações nas sedes das plataformas.

O encontro foi marcado para as 09:30 no Estadio Nacional do Jamor, em Oeiras, seguindo depois para a Avenida da Liberdade, em Lisboa, onde os primeiros carros começaram a chegar ao som de apitos e buzinas cerca das 11:00.

As viaturas ficaram estacionadas no sentido ascendente da Avenida da Liberdade, junto à rua Alexandre Herculano, sempre sob a vigilância policial, e os motoristas e parceiros, em marcha lenta a pé, deslocaram-se, primeiro, à sede da Bolt, para entregar o caderno de encargos.

Em declarações aos jornalistas, Diogo Fernandes do movimento TVDE (transporte de passageiros em veículos descaracterizados a partir de plataforma eletrónica) explicou que o protesto de hoje é o seguimento daqueles que têm acontecido há três semanas consecutivas, às quartas-feiras, e que irá continuar até terem resposta por parte das plataformas às reivindicações.

De acordo com o caderno de encargos, a tarifa mínima que cobre os custos de serviço está fixada nos 70 cêntimos por quilómetro.

Na sede da Bolt, o grupo teve um primeiro contratempo, pois a segurança do edifício deixou a comitiva subir até aos escritórios, mas no local a rececionista disse que a sede da empresa já não era ali.

Depois de explicarem a situação ao restante grupo, a comitiva saiu em direção aos escritórios da Free Now, na Duque de Loulé, e, com escolta policial, ocupou uma das faixas de rodagem subindo até ao topo da avenida.

No local, a comitiva subiu até aos escritórios, mas não conseguiu entregar a documentação. Quando o grupo já se encontrava junto aos restantes companheiros, o diretor-geral da Free Now desceu e acabou por marcar uma reunião para quinta-feira.

Para a parte da tarde está marcada a passagem pelos escritórios da Uber, a primeira das operadoras a entrar no mercado nacional.

Atualmente, são três as operadoras a trabalhar no país: Uber, Bolt e Free Now, esta última criada a partir da MyTaxi (serviço de transporte em táxis através de uma aplicação de telemóvel) e que integra também os TVDE da antiga Kapten.

A lei n.º 45/2018 permitiu um período transitório de quatro meses de adaptação aos operadores de plataformas, sendo que os quatro que operavam então em Portugal – Uber, Cabify, Taxify (agora Bolt) e Kapten (marca que começou a sua atividade em Portugal como Chauffeur Privé) – ficaram todos legalizados.

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