Carris Metropolitana trouxe mais 30% de oferta de autocarros na Área Metropolitana de Lisboa, afirma a TML

Agência Lusa , MBM
29 mar 2023, 17:05
Transportes públicos (Lusa/António Cotrim)

O objetivo de 40% ainda não foi cumprido, contudo há uma "melhoria crescente dos serviços de autocarros" diz Faustino Gomes, presidente do conselho de admnistração da TML

A administração da empresa responsável pela Carris Metropolitana referiu esta quarta-feira, no parlamento, que a marca de autocarros trouxe mais 30% de oferta em relação aos serviços das transportadoras anteriores a 2022.

Numa audição da comissão de Administração Pública, Ordenamento do Território e Poder Local requerida pelo Chega, devido ao “mau arranque” da Carris Metropolitana, o presidente do conselho de administração da Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML) sublinhou uma melhoria crescente dos serviços de autocarros.

Faustino Gomes garantiu que as quatro operadoras privadas que compõem a marca rodoviária, gerida pela empresa pública TML, cumprem um valor de quilómetros por veículo “muito perto dos 100%”.

“Nós já estamos a fazer os valores do contrato […] e isso já permite ter uma oferta de mais 30% em relação ao que era a oferta anterior”, assumiu o administrador da TML.

Em fevereiro de 2020, o então presidente do Conselho Metropolitano da Área Metropolitana de Lisboa (AML), Fernando Medina, fixou a meta nos 40%, pelo que o objetivo ainda não terá sido cumprido.

Falta de motoristas

Relativamente à falta de motoristas, um dos problemas que tem sido apontado na Carris Metropolitana, Faustino Gomes admitiu a situação, mas negou que tenha sido o motivo do adiamento do início da marca para 2023 na margem norte da AML.

Apesar de ter dito hoje que a falta de motoristas “está praticamente resolvida em todos as áreas” em relação ao que está contratualizado, o vogal da administração da TML Rui Lopo indicou, em declarações ao Jornal de Notícias na segunda-feira, que faltam 60 motoristas nas duas operadoras da margem norte, situação que disse esperar estar resolvida em abril.

Com um fluxo de passageiros num dia útil escolar a rondar as 500 mil pessoas, Faustino Gomes realçou que a frota anterior tinha uma idade média superior a 15 anos e que agora é de cerca de um ano.

Reconhecendo que a comunicação sobre o início da operação poderia ter sido melhor, o administrador referiu que os horários das carreiras estão no ‘website’ e em várias plataformas eletrónicas e que se espera que venham a existir painéis de informação junto a várias paragens.

Falhas na margem Sul

Vários deputados da comissão apontaram falhas na Carris Metropolitana, que opera desde o verão de 2022 nos concelhos da margem sul do rio Tejo e em janeiro na margem norte, nomeadamente falta de horários nas paragens, investimento na desmaterialização da bilhética, salários e formações dos motoristas.

Sobre este último ponto, Faustino Gomes afirmou que há um acordo para nivelar os salários nas operadoras.

Também numa audição na comissão parlamentar, a atual presidente do Conselho Metropolitano de Lisboa, Carla Tavares, garantiu hoje que não houve uma formação extra para motoristas imigrantes, mas antes uma instrução específica para condução de veículos como autocarros.

Carla Tavares disse que agora “o foco é estabilizar o mais possível esta operação” e que o processo em torno dos transportes é o melhor trabalho dos 18 municípios da AML.

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