Um militar morreu depois dos traficantes abalroarem a lancha da GNR
Os militares da GNR estão, esta terça-feira de manhã, no terreno para tentar localizar os traficantes que escaparam na noite de segunda-feira durante a operação no rio Guadiana. Vários meios da GNR estão na zona de Alcoutim e Castro Marim a realizar buscas no terreno. As buscas começaram ainda na noite de quarta-feira.
Durante a operação da Unidade de Controlo Costeiro da GNR, um militar morreu depois da lancha da GNR ser abalroada pelos traficantes.
"Posteriormente, a embarcação suspeita foi encontrada a arder, estando ainda em curso, no Rio Guadiana e suas margens, diligências para apurar as circunstâncias em que ocorreu o incêndio e a fim de recolher prova material e localizar os suspeitos. Estas diligências decorrem com o apoio da Polícia Marítima, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e da Guardia Civil, de Espanha", refere a GNR em comunicado.
Aa GNR diz ainda que a Polícia Judiciária foi contactada e acionada, "encontrando-se a desenvolver as investigações relativas ao caso, no âmbito das suas competências".
Os feridos já tiveram alta hospitalar.
Pouco depois, nas redes sociais, a GNR prestou homenagem ao militar morto, identificando o cabo Pedro Manata e Silva, da Associação de Profissionais da Guarda, como a vítima mortal. Tinha 50 anos.
"Neste momento de profunda consternação, a Guarda Nacional Republicana presta as mais sentidas condolências aos familiares e amigos do Cabo Pedro Silva, que faleceu na sequência de um abalroamento da embarcação em que seguia, em missão de serviço", lê-se na legenda.
Também a ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, o secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, Paulo Simões Ribeiro, o secretário de Estado da Administração Interna, Telmo Correia, e o secretário de Estado da Proteção Civil, Rui Rocha, emitiram uma nota de condolências pela morte do militar.
"O Cabo Pedro Nuno Marques Manata e Silva, de 50 anos, perdeu a vida, enquanto cumpria o seu dever, numa colisão com uma lancha rápida, ligada ao narcotráfico, no rio Guadiana, no concelho de Alcoutim, distrito de Faro, junto à fronteira com Espanha. Em nome do Governo, o Ministério da Administração Interna dirige, neste momento trágico, uma palavra de solidariedade e sentidas condolências à família, aos amigos, à Guarda Nacional Republicana e, em particular, aos militares da Unidade de Controlo Costeiro e de Fronteiras", lê-se na nota.
Na mesma nota, o ministério da Administração Interna expressa ainda votos de rápida e plena recuperação aos três militares que ficaram feridos no acidente.
Também o Presidente da República manifestou o seu pesar pelo falecimento em serviço do Cabo Pedro Manata e Silva, em nota divulgada no site da Presidência.
"O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa já apresentou pessoalmente as mais sentidas condolências à esposa, filhos e demais família enlutada, bem como as expressa a todos os seus amigos e à própria GNR, neste momento particularmente difícil para todos os seus militares e civis. O Chefe de Estado está a acompanhar a situação dos três militares feridos, a quem transmite a sua solidariedade e apoio, esperando a sua rápida recuperação".