Tracking Poll: AD consegue recuperar e PS tem o pior resultado

13 mai, 20:09

Sinal encarnado para os lados do Largo do Rato, que voltam a ver a distância a aumentar para a coligação liderada por Luís Montenegro. Mais boas notícias só para Livre e Bloco de Esquerda, ainda que o Chega também não se possa queixar muito

A Aliança Democrática (AD) conseguiu recuperar de cinco dias sem subir para voltar a ganhar fôlego nas intenções de voto. É isso que mostra a Tracking Poll diária feita pela Pitagórica para a CNN Portugal, que continua a afastar a coligação liderada por Luís Montenegro do PS.

Com efeito, o partido liderado por Pedro Nuno Santos voltou a cair, mantendo uma rota negativa que vai para quatro dias - são já cinco sem subir.

O PS tem mesmo o pior resultado desde 2 de maio, primeiro dia da sondagem diária, alcançando apenas 24,6%, mesmo com distribuição de indecisos. Já longe dos 33,1% obtidos pela AD, que vinha do pior resultado diário, mas conseguiu recuperar a perda.

Num só dia falamos de um afastamento de 1,6 pontos percentuais, já que a AD sobe 1,1 pontos percentuais e o PS desce 0,5.

Olhando para trás, a AD mantém-se acima dos 28,84% alcançados em 2024, enquanto o PS está com problemas para chegar aos 28% conseguidos nesse mesmo 10 de março.

Depois de dois dias a subir, com o último a registar um grande resultado, o Chega voltou a cair na sondagem diária. Pouco, ainda assim, o que permite ao partido de André Ventura ainda ter o segundo melhor resultado de todos estes dias.

O Chega fica-se nos 17,8%, continuando a admitir-se uma votação acima dos 20,5%, que seria uma subida considerável ao obtido em 2024, quando os 18,07% lhe valeram o número redondo de 50 deputados.

Quanto aos restantes partidos, de notar uma grande subida à esquerda do PS, nomeadamente de Livre e Bloco de Esquerda, que ganham fôlego com mais 0,8 pontos percentuais num só dia.

Uma subida que permite ao partido liderado por Rui Tavares alcançar os 5,3%, igualando o melhor resultado alcançado até agora, e que lhe permite sonhar com um desejo recentemente expressado, o de duplicar a bancada parlamentar, que atualmente tem quatro deputados resultantes dos 3,16% obtidos nas últimas legislativas.

O Bloco de Esquerda também se aproxima do melhor resultado por estes dias, mas fica abaixo do parceiro. Com a mesma subida de 0,8 pontos percentuais alcança os 3,2%, bem aquém dos 4,36% que lhe valeram cinco deputados em 2024.

Tracking Poll menos positiva para a Iniciativa Liberal, que, ainda assim, se mantém acima dos 6%. Com uma descida de 0,6 pontos percentuais, o partido de Rui Rocha tem agora 6,3%, acima dos 4,94% que lhe valeu oito deputados nas últimas eleições.

Pior descida só a do PAN, que entra nestas eleições a lutar pela sobrevivência. Depois de ter conseguido subir de um início claramente mau e até ter andado próximo dos 2%, o partido volta a cair, desta vez 0,7 pontos percentuais. O partido de Inês Sousa Real tem agora 1,1%, longe dos 1,95% que lhe valeram o único deputado na legislatura que acabou agora.

Quanto à CDU, mantém-se uma lógica quase constante: sobe ou desce, mas nunca muito. Desta vez desceu 0,1 pontos percentuais, ficando-se pelos 3,2%, continuando num resultado muito semelhante aos 3,17% de 2024, que valeram ao partido de Paulo Raimundo quatro deputados. Desta vez, o próprio diz que mais um ou dois chegam para passar a mensagem.

Nota ainda para os indecisos, que voltam a subir, chegando a um dos resultados mais altos desta sondagem diária. Há agora 18,3% dos inquiridos neste ponto.

Ficha técnica

Durante 4 dias (9 ,10,11 e 12 de maio de 2025) foram recolhidas diariamente pela Pitagórica para a TVI, CNN Portugal, TSF e JN um mínimo de 202 a 203 entrevistas (dependendo dos acertos das quotas amostrais) de forma a garantir uma sub-amostra diária representativa do universo eleitoral português (não probabilístico). Foram tidos como critérios amostrais o Género, 3 cortes etários e 20 cortes geográficos (Distritos + Madeira e Açores). O resultado do apuramento dos 4 últimos dias de trabalho de campo, resultou numa amostra de 810 entrevistas que para um grau de confiança de 95,5% corresponde a uma margem de erro máxima de ±3,51.

A seleção dos entrevistados foi realizada através de geração aleatória de números de “telemóvel” mantendo a proporção dos 3 principais operadores móveis. Sempre que necessário foram selecionados aleatoriamente números fixos para apoiar o cumprimento do plano amostral. As entrevistas são recolhidas através de entrevista telefónica (CATI – Computer Assisted Telephone Interviewing).

O estudo tem como objetivo avaliar a opinião dos eleitores portugueses, sobre temas relacionados com as eleições, nomeadamente os principais protagonistas, os momentos da campanha bem como a intenção de voto dos vários partidos. Foram realizadas 1565 tentativas de contacto, para alcançarmos 810 entrevistas efetivas, pelo que a taxa de resposta foi de 51,72%. A ficha técnica completa, bem como todos os resultados, foram depositados junto da ERC - Entidade Reguladora da Comunicação Social que os disponibilizará para consulta online.

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