Tóquio2020: Salomé Rocha 30.ª na maratona, Catarina Ribeiro 70.ª

7 ago 2021, 09:26
Salomé Rocha (Tiago Petinga/Lusa)

Sara Moreira desistiu da prova após ter desmaiado

Carla Salomé Rocha foi a primeira portuguesa a terminar a maratona dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, na 30.ª posição, a 07.32 minutos da vencedora, a queniana Peres Jepchirchir, à frente de Sara Catarina Ribeiro (70.ª), enquanto Sara Moreira desistiu.

Sara Catarina Ribeiro concluiu os 42,195 quilómetros disputados no parque Odori, em Saporo (a cerca de 800 quilómetros de Tóquio), no 70.º lugar, a 27.41 minutos de Jepchirchir, mas Sara Moreira abandonou após 21 quilómetros de prova, tendo mesmo recebido assistência médica após ter desmaiado.

A queniana concluiu a corrida – cujo início foi antecipado para as 06:00 locais (22:00 em Lisboa), devido à previsão de calor intenso - em 02:27.20 horas, à frente da compatriota Brigid Kosgei, recordista mundial, segunda colocada, a 16 segundos, e da norte-americana Molly Seidel, terceira, a 26.

Salomé Rocha, de 31 anos, foi a melhor representante portuguesa, Sara Moreira, de 35, voltou a não terminar a prova, tal como aconteceu no Rio2016, e Sara Catarina Ribeiro, de 31, conseguiu chegar ao fim na estreia na competição.

Nas anteriores participações olímpicas, Salomé Rocha foi 26.ª classificada nos 10.000 metros no Rio2016 e Sara Moreira, além da desistência na maratona do Rio2016, foi 14.ª nos 10.000 metros em Londres2012 e 22.ª nos 3.000 metros obstáculos em Pequim2008.

«Saio satisfeita e ao mesmo tempo insatisfeita. Queremos sempre mais, o melhor resultado possível. Treinamos diariamente para nos superarmos. Mas satisfeita por terminar mais um campeonato. Melhor não consegui fazer. Dei o meu máximo, tentei gerir. Comecei a sentir bastantes cãibras aos 28 quilómetros. Tentei abstrair-me e gerir para terminar. Satisfeita e insatisfeita, como digo», explicou Salomé Rocha, em declarações à agência Lusa.

Apesar do calor e da humidade, a maratonista natural de Vizela, de 31 anos, não reclamou.

«Não podemos reclamar das condições, são iguais para todas. Foram 88 atletas. Tentei resistir a elas o máximo possível, houve a vantagem da antecipação em uma hora, as sombras ajudaram bastante, mas, entretanto, o sol foi subindo e o desgaste cada vez maior. Saio minimamente realizada, porque terminei mais um campeonato, numas condições um bocadinho adversas», vincou.

Sara Catarina Ribeiro admitiu ter concluído a prova «exausta e completamente esgotada».

«Acabei mesmo exausta, completamente esgotada, dei tudo. Tive inclusivamente de ser assistida pelo departamento médico da prova», disse a atleta à agência Lusa, referindo que chegou a ser ponderado o adiamento da sua viagem de regresso a Tóquio.

«Parti confiante e cautelosa pois sabia que as condições iriam agravar-se com o decorrer da competição. Mantive o ritmo constante até perto do quilómetro 30. Depois foi sempre a sofrer, o cansaço era muito, o calor e humidade insuportáveis», explicou.

Relacionados

Patrocinados