Após uma queixa por discriminação, a autarquia de Berlim vai autorizar que mulheres, homens e não binários façam topless
É mais um passo em direção à igualdade de género, na Alemanha. Bastou a queixa de uma mulher depois de se ter sentido discriminada ao ser impedida de nadar em topless numa piscina pública, para a autarquia de Berlim permitir mulheres, homens e não-binários nadar e apanhar sol sem qualquer tipo de roupa superior.
O caso passou-se em dezembro de 2022. A mulher apresentou uma queixa no Departamento de Justiça, Diversidade e Antidiscriminação e foi o suficiente para, três meses depois, a autarquia de Berlim concordar com o seu argumento e mudarem as regras.
Tal como ela, outras mulheres têm vindo a passar pelo mesmo. Gabrielle, de nacionalidade francesa, também já se sentiu discriminada na Alemanha. Numa altura em que estava com o filho de cinco anos foi-lhe pedido para se tapar. “Para mim – e ensino isto ao meu filho – não existe essa diferença. Seja para homens, ou seja para mulheres, os seios são uma característica sexual secundária, no entanto os homens têm a liberdade de tirar a roupa quando está calor e as mulheres não”, defende numa conversa com o jornal Die Ziet, citado pela CNN.
Na Alemanha, já várias cidades têm reconhecido o direito das mulheres de praticar topless, assim como os homens. No verão passado, Göttingen, na Baixa Saxônia, e Siegen, na Renânia do Norte-Vestfália, já tinham permitido que as mulheres nadassem sem soutien.
Agora Berlim passa a fazer parte da lista de autarquias que agem em prol da igualdade de género e exige, apenas, que “órgãos sexuais primários” sejam cobertos em piscinas.