«Se pudesse, tinha-me metido em campo para empurrar aquelas bolas»

Adérito Esteves , Estádio Municipal de Mafra
20 abr 2022, 23:25
Ricardo Sousa no Mafra-Moreirense (António Cotrim/Lusa)

Ricardo Sousa após a eliminação do Mafra na meia-final da Taça

Ricardo Sousa, treinador do Mafra, em declarações na conferência de imprensa após o empate com o Tondela, na segunda mão da meia-final da Taça de Portugal, que afastou a equipa da II Liga da final do Jamor.

«Vínhamos com um resultado extremamente desconfortável, sabíamos que tínhamos de jogar com limites da superação muito elevados, a jogar com um adversário que ia tentar explorar os nossos erros.

E estou muito orgulhoso pelo que eles fizeram. Falhámos no mais fácil, que era empurrar a bola lá para dentro. Se estivesse três ou quatro zero aos 60 minutos, não ia ser surpresa, pelo que o jogo estava a ser.

Se eu pudesse jogar, tinha-me metido a 15 minutos do fim, para aproveitar as bolas paradas e tentar empurrar as bolas lá para dentro, porque os nervos já eram tantos…»

Temos um processo de que não abdicamos, foi ele que nos trouxe até aqui e dignificou Mafra. Fico triste por não termos chegado à final, mas sentimos que estamos a ajudar o Mafra a subir degraus.

[penálti falhado é o lance do jogo?]

«Sem margem para dúvidas foi o momento do jogo. Se tivéssemos conseguido fazer aí 2-0, seria completamente diferente. O Tondela está a passar um mau momento no campeonato, veio jogar aqui só para as transições e ia sofrer muito com esse resultado. Fomos muito melhores durante todo o jogo e sempre que o Tondela tentava equilibrar, nós mudávamos a dinâmica e criávamos novas dificuldades.

Mas quando falhamos seis ou sete golos na pequena área e um penálti, fica difícil. Conseguimos ter mais oportunidades do que eu esperava. Também por isso, estou muito orgulhoso pelo que estes jogadores fizeram. Este grupo está a fazer de mim um treinador melhor.»

[sobre o caminho até à meia-final]

«Desde o início do trajeto na Taça, sempre disse que gostava de estar na final. Seria difícil mas eu já estive na final da Taça por uma equipa pequena e venci-a. Não há impossíveis, e hoje se temos sido mais eficazes, tínhamos tornado possível o impossível.  Tivemos sempre um processo coletivo forte, sempre com quem quer que fosse. Foi assim que eliminámos o Portimonense e o Moreirense.»

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