Polícia de Tulsa corrige informação: afinal o atirador tinha mesmo um alvo, o cirurgião que o operou

2 jun 2022, 20:26

Chefe da polícia explicou que foi encontrada uma carta na qual Michael Louis escreveu o que ia fazer e porquê

Pouco depois do tiroteio no centro hospitalar de Tulsa, no estado de Oklahoma, começou a circular por alguns órgãos de comunicação social norte-americanos que o atirador, Michael Louis, tinha um alvo muito concreto: um cirurgião. Na conferência de imprensa que as autoridades locais fizeram às 01:15, desmentiram essa teoria: "nós não temos essa informação". Agora, voltaram atrás.

Esta quinta-feira, em novas declarações, o chefe da polícia de Tulsa, Wendell Franklin, explicou que encontraram uma carta na qual Michael Louis dizia que ia matar este médico por o considerar culpado pelas fortes e contínuas dores de costas que tinha, mesmo depois de ter sido operado. Prometeu matá-lo a ele e a qualquer pessoa que se atravessasse no seu caminho. Assim o fez. Morreram quatro pessoas: o cirurgião que o operou, Preston Phillips, um médico, Stephanie Husen, um paciente identificado como William Love e a rececionista, Amanda Green.

Preston Phillips, o cirurgião que operou Michael Louis (Foto: Hospital St. Francis Health System)

De acordo com o Washington Post, Michael Louis foi operado no dia 19 de maio por Preston Phillips. Era o cirurgião que estava de serviço nesse dia. Teve alta a 24 de maio e, a partir desse dia, "ligou várias vezes durante vários dias a reclamar de dores e queria um tratamento adicional", explicaram as autoridades locais. 

No dia em que decidiu matar este profissional de saúde, Louis dirigiu-se a uma loja de armas local, por volta das 14:00 (horas locais), e comprou duas armas semiautomáticas - uma espingarda e uma pistola. Depois dirigiu-se ao centro hospitalar Natalie Medical Building, no Hospital St. Francis Health System. No total, as autoridades recuperam 30 balas disparadas da espingarda e sete da pistola. 

O incidente ocorreu pouco antes das 17:00 (horas locais). Michael Louis, um homem negro entre os 35 e os 40 anos, foi encontrado morto pela polícia, ainda que as primeiras informações divulgadas indicassem que tinha sido abatido.

O governador de Oklahoma, Kevin Stitt, descreveu o ataque ao hospital de quarta-feira como "um ato sem sentido de violência e ódio". 

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