Thomas Matthew Crooks passou meses à procura de um alvo para matar. Pensou em Biden, mas no fim escolheu Trump

28 ago, 19:24
Thomas Matthew Crooks. Imagem obtida pela CNN

O FBI diz "não estar pronto para fazer declarações conclusivas sobre o motivo" do atentado, mas esclarece que Crooks efetuou um “esforço sustentado e pormenorizado” de pesquisa

O FBI afirmou esta quarta-feira que Thomas Matthew Crooks, o jovem de 20 anos que disparou contra o candidato presidencial republicano Donald Trump durante um comício em julho, efetuou meses de pesquisa para atacar algum tipo de encontro importante antes de realizar o ataque contra o ex-presidente dos EUA.

De acordo com Kevin Rojek, agente especial do gabinete do FBI em Pittsburgh, Crooks efetuou um “esforço sustentado e pormenorizado” como parte de um plano para cometer um atentado. O jovem terá realizado “mais de 60 pesquisas” na internet relacionadas com Joe Biden e Donald Trump nos 30 dias que antecederam o ataque, e procurou informar-se do calendário da campanha deste último pelo menos desde setembro de 2023.

“Vimos (...) um esforço sustentado e pormenorizado para planear um ataque a alguns eventos, o que significa que ele analisou um grande número de eventos ou alvos”, disse Rojek, citado pela Reuters.

Espingarda AR-15 utilizada por Thomas Matthew Crooks no atentado contra Donald Trump (FBI)

Crooks procurou também pelas datas das convenções do Partido Democrata e do Partido Republicano. Segundo o FBI, o atirador viu o comício de Trump em Butler, no Estado da Pensilvânia, como um “alvo oportuno”. O agente do FBI afirmou igualmente que Crooks ficou “hiper fixado” nesse evento desde o momento em que foi anunciado.

A investigação ao historial de pesquisas não revelou se o jovem se identificava politicamente com a esquerda ou com a direita, mas o FBI diz que Crooks estava interessado “num misto de ideologias”.

“Temos uma ideia clara da mentalidade, mas não estamos prontos para fazer quaisquer declarações conclusivas sobre o motivo neste momento”, esclareceu Rojek, citado pela Associated Press, que referiu também que não há indícios de que o jovem tenha tido qualquer tipo de assistência ou colaborações com terceiros.

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