Thierry Breton demite-se do cargo de Comissário Europeu e culpa a "governação questionável" de von der Leyen

16 set, 08:35
Thierry Breton (AP)

EM ATUALIZAÇÃO

O comissário europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton, apresentou a sua demissão a Ursula von der Leyen, alegando que França estava a ser pressionada para apresentar um novo candidato à Comissão Europeia. 

Na carta de demissão, o antigo ministro da Finanças francês justifica a sua decisão com uma alegada pressão que vinha a ser exercida sob França para que escolhesse outro candidato para um pasta "alegadamente mais influente" para o país, retirando o nome de Breton das suas escolhas.

"Há alguns dias, no último trecho das negociações sobre a composição do futuro Colégio, pediu à França que retirasse o meu nome - por razões pessoais que em nenhum momento discutiu diretamente comigo - e ofereceu, como contrapartida política, uma pasta alegadamente mais influente para a França no futuro Colégio", escreve o antigo ministro francês na sua carta de demissão, publicada na rede social X.

Essa pressão, que diz ser "mais um testemunho" de uma "governação questionável" de Ursula von der Leyen, levou a que Breton concluísse que não podia continuar a exercer as suas funções.

"No entanto, à luz destes desenvolvimentos - mais um testemunho de uma governação questionável - concluí que não posso continuar a exercer as minhas funções no Colégio. Por conseguinte, demito-me do meu cargo de Comissário Europeu, com efeitos imediatos", acrescenta Thierry Breton.

O comissário, que era o responsável pela política industrial europeia desde 2019, elogiou a colaboração dos seus colegas ao longos dos seus anos a liderar a pasta, sublinhando que trabalhou "incansavelmente por defender e promover o bem comum europeu" colocando-os acima de interesses "nacionais e partidários".

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