Como um detetive determinado desvendou um caso antigo de quatro homicídios e descobriu um serial killer

CNN , Jean Casarez
18 out, 22:00
Bob Ayers, pai de Amy Ayers - uma das vítimas do massacre na loja de iogurtes em Austin, Texas, em 1991 -, coloca no detetive Dan Jackson, da Polícia de Austin, um crachá com a inscrição "Não Esqueceremos" durante uma conferência de imprensa a 29 de setembro. Por cima deles, a fotografia de Amy surge ao lado das imagens das outras três vítimas. Eric Gay/AP

Quando Dan Jackson assumiu a liderança da unidade de casos arquivados da polícia de Austin, no Texas, em 2022, o seu superior dirigiu-se a ele com um sentido de urgência.

“No meu primeiro dia de trabalho, o meu chefe pediu-me que entrasse no gabinete dele e fechasse a porta”, conta Jackson. “Na altura, pensei que devia estar metido em sarilhos, por algum motivo.”

Não estava, mas recebeu instruções muito claras e sérias: resolver os homicídios de quatro adolescentes assassinadas numa loja de iogurtes — crimes que, há mais de três décadas, abalaram o Texas e deixaram uma profunda marca na comunidade.

“Nesse momento percebi a gravidade e a dimensão do caso; percebi que me iria acompanhar para o resto da vida”, diz Jackson à CNN numa entrevista exclusiva. “Este é o meu caminho a partir de agora. Mesmo que o caso seja resolvido, continuará a fazer parte de mim para sempre.”

A determinação de Jackson na procura de justiça foi tão grande que, mesmo depois de ter sido baleado em serviço, não abandonou o caso — um esforço que é destacado no documentário da HBO, lançado em agosto, intitulado The Yogurt Shop Murders (Os Assassinatos da Loja de Iogurte).

Três anos depois, graças a uma combinação de avanços na tecnologia de ADN, testes balísticos, colaboração entre forças policiais dentro e fora do Estado e uma boa dose de sorte, a persistência de Jackson desde aquela reunião com o seu chefe acabou por dar frutos.

“O caso foi finalmente resolvido, à exceção de alguns detalhes que ainda estão em aberto”, garante Jackson.

Robert Eugene Brashers, suspeito de ser um assassino em série ligado a várias mortes e violações em todo o país, que morreu em 1999, foi apontado há menos de três semanas como o provável responsável pelas mortes das quatro raparigas em Austin, em 1991.

“Tenho 100% de certeza de que se trata de Robert Eugene Brashers”, assegura Jackson à CNN.

O detetive Dan Jackson fala durante uma conferência de imprensa sobre um avanço no caso dos assassinatos na loja de iogurtes de 1991, em Austin. Uma imagem do suspeito, Robert Eugene Brashers, é exibida no ecrã acima de Jackson. (Eric Gay/AP)

Os resultados significam, na prática, a exoneração de quatro rapazes adolescentes inicialmente implicados nos assassinatos em 1999, dois dos quais chegaram a confessar. Os dois que confessaram — e mais tarde se retrataram — foram condenados por homicídio qualificado e permaneceram na prisão até 2009, quando as provas de ADN que comprovavam a sua inocência levaram à sua libertação, segundo os procuradores.

“O peso esmagador das provas aponta para a culpa de um homem e para a inocência de quatro”, disse o procurador-geral do condado de Travis, Jose Garza, numa conferência de imprensa no final de setembro, salientando que a investigação da polícia de Austin sobre os homicídios continua em curso.

“Dizem que foi nesse momento que Austin perdeu a sua inocência, e nós ficámos com todas estas perguntas durante tantos anos”, observa Jackson. “Agora que sabemos a verdade, talvez a comunidade possa começar a recuperar e a encontrar algum sentido.”

O detetive já conhecia o caso

Jackson cresceu a cerca de 48 km a sul de Austin e conhecia o caso desde criança.

“Eu tinha cerca de oito ou nove meses a menos do que a Amy”, a mais nova das quatro vítimas. “Por isso, lembro-me de tudo isto acontecer e de crescer com esta memória.”

Pouco antes do fecho, poucas semanas antes do Natal de 1991, Eliza Thomas e Jennifer Harbison, ambas com 17 anos, terminavam o seu turno na loja I Can’t Believe It’s Yogurt, quando a irmã de 15 anos de Jennifer, Sarah, e a amiga de 13 anos, Amy Ayers, se juntaram a elas.

Um outdoor exibe as fotografias das quatro raparigas assassinadas numa loja de iogurtes em 1991. (Cortesia da HBO)

Um homem desconhecido entrou na loja, amarrou as raparigas com as suas próprias roupas e disparou sobre as quatro, apontando à cabeça, num ato que se assemelhava a uma execução.

Três das quatro vítimas apresentavam ainda sinais de agressão sexual, mas quase todas as provas físicas foram destruídas porque o edifício foi incendiado de seguida.

As autoridades dispunham de poucos elementos para investigar, e a análise forense por ADN ainda era uma tecnologia em fase de desenvolvimento.

Foi apenas em 2008 que amostras de um kit de agressão sexual relacionado com o caso revelaram um perfil de ADN Y-STR masculino desconhecido, mas, na altura, a ciência ainda não estava suficientemente desenvolvida para fornecer respostas definitivas. O ADN Y-STR (Y-chromosome Short Tandem Repeat) é encontrado apenas em homens, é único em cada indivíduo e, embora não seja conclusivo, pode ajudar as autoridades a identificar um suspeito.

Em 2018, graças aos avanços tecnológicos, o ADN Y-STR desconhecido foi novamente submetido a testes, produzindo resultados mais detalhados, mas ainda assim insuficientes para identificar um possível suspeito.

Quando assumiu o caso em 2022, Jackson estava determinado a realizar novos testes, mas sabia que a ciência ainda precisava de evoluir para acompanhar o ritmo da investigação.

“O ADN evoluiu imenso desde 1991, e mesmo nos últimos anos houve progressos enormes no que podemos e não podemos fazer”, indica.

No ano seguinte, Jackson sofreu um revés pessoal e profissional.

A 6 de agosto de 2023, Jackson ofereceu-se para ajudar numa patrulha durante uma noite — e acabou por ser baleado durante um confronto com um suspeito armado.

“Fui atingido no braço direito e também na cara, por uma espingarda de calibre 12, a cerca de três metros de distância”, conta.

Seguiram-se cirurgias, reabilitação e, finalmente, Jackson foi colocado em funções mais leves.

O detetive retomou o caso antigo, mas teve de delegar as entrevistas e a investigação de novas pistas a outros colegas, devido ao elevado volume de trabalho.

“Há que continuar”, diz.

"Temos um resultado positivo"

Uma placa homenageia as quatro vítimas dos assassinatos na loja de iogurtes de Austin

No final de junho deste ano, Jackson pensou em submeter novamente a análise a única cápsula de calibre 380 encontrada no ralo do chão da loja de iogurtes. Era a única prova física recolhida na cena do crime.

As vítimas tinham sido baleadas com projéteis de calibre 22, mas Amy foi a única a ser também atingida por uma bala de calibre 380.

Jackson enviou novamente a cápsula de calibre 380 para o National Integrated Ballistic Information Network (NIBIN), um sistema que regista e compara marcas de cápsulas de balas em todo o país.

Poucas horas depois, a 2 de julho, Jackson recebeu uma chamada da agência federal Bureau of Alcohol, Tobacco, Firearms and Explosives.

“Estava sentado na praia”, numa viagem em família, recorda Jackson. “Ele perguntou-me: ‘Tens uma bebida na mão?’ E eu respondi: ‘Tenho’. Então disse: ‘Bom… vais precisar’. E acrescentou: ‘Temos um resultado positivo.’”

“Não estava a acreditar.”

A cápsula de bala apresentava as mesmas marcas da arma — impressões únicas que cada arma deixa nas cápsulas depois de disparadas — utilizada num homicídio não resolvido em Kentucky, em 1998.

As autoridades de Kentucky ainda não anunciaram publicamente quaisquer desenvolvimentos no caso, mas Jackson afirma que os assassinatos no Texas apresentavam detalhes semelhantes.

“Estava confiante de que estes casos estavam relacionados, mas ainda não tínhamos um nome.”

Em agosto, Jackson alargou o seu pedido de comparação de perfis de ADN Y-STR a agências policiais de todo o país. Um laboratório da Carolina do Sul confirmou, a 22 de agosto, que existia uma correspondência completa entre o ADN Y-STR do caso de Jackson e um perfil já conhecido.

O perfil da Carolina do Sul provinha de um caso já resolvido de agressão sexual e homicídio em Greenville, ocorrido em 1990.

“Foi surreal. Continua a ser surreal”, assume Jackson.

Mas antes de contactar as autoridades da Carolina do Sul para confirmar, Jackson recorreu à internet na esperança de identificar o suspeito.

“Pesquisei a data do crime, Greenville, Carolina do Sul, e foi então que surgiu o nome de Robert Brashers como assassino em série”, relembra Jackson.

Amy Ayers, uma das quatro adolescentes assassinadas. (Cortesia de Angie Ayers)

Mais tarde, numa chamada telefónica com um detetive da Carolina do Sul, Jackson ficou impressionado ao descobrir uma semelhança específica entre o seu caso e o deles.

“Ele disse: 'Deixa-me perguntar-te uma coisa. Ele amarrou as vítimas com a própria roupa?' Foi então que senti um arrepio”, conta Jackson. “Pensei: estamos no caminho certo, e respondi: 'Sim, aconteceu o mesmo no meu caso'.”

Foi nesse momento que Jackson descobriu que Brashers, de 40 anos, se tinha suicidado em 1999 durante um confronto com a polícia.

Anos após a sua morte, os investigadores determinaram, através de análises de ADN e balísticas, que Brashers era responsável por múltiplos crimes nos anos 1990 — desde tiroteios a agressões sexuais e homicídios — no Tennessee, Missouri e Carolina do Sul. Entre as vítimas estavam uma mulher na Carolina do Sul, em 1990, e uma mãe com a filha de 12 anos no Missouri, segundo as autoridades.

Um obituário falso e um casamento verdadeiro

Segundo Jackson, a história criminal de Brashers remontava pelo menos a 1985, quando tentou assassinar uma mulher na Florida.

“Ele atacou uma mulher depois de ela rejeitar os seus avanços sexuais”, explica Jackson. “Disparou quatro vezes — quatro vezes — e, não sei como, ela conseguiu sobreviver.”

Brashers foi condenado a 12 anos de prisão por esse caso e obteve a liberdade condicional quatro anos depois.

Uma das razões pelas quais nunca foi apanhado por muitos dos seus crimes era a sua capacidade de enganar o sistema, utilizando diversos nomes falsos e pseudónimos, indica Jackson.

“Ele usava combinações de nomes de familiares. Usava o nome do irmão, a data de nascimento”, revela Jackson. “A certa altura, chegou mesmo a publicar o seu obituário.”

O obituário, no entanto, revelou-se pouco eficaz, diz Jackson, porque pouco tempo depois ele apareceu como padrinho de casamento no mesmo jornal.

O detetive Dan Jackson exibe um crachá com a inscrição “Não esqueceremos”, oferecido pelo pai de uma das vítimas. (Eric Gay/AP)

Jackson acabou por identificar um possível suspeito através da genealogia genética, realizada na Carolina do Sul em 2018. O ADN recolhido no caso de homicídio de 1990 apontou Brashers como suspeito. Um juiz ordenou a exumação do corpo de Brashers no Arkansas para extrair ADN de um osso e confirmar a correspondência.

Steve Kramer, ex-advogado do FBI e responsável pelo desenvolvimento da ciência da genealogia genética, diz à CNN que “a resolução do caso também se baseou na genealogia genética investigativa [IGG], usada pela primeira vez num caso criminal em 2018, no caso do 'Golden State Killer', na Califórnia.”

Kramer foi chamado para o caso dos assassinatos na loja de iogurtes no final de 2022, para integrar a equipa de investigação e analisar as provas à procura de ADN.

“Nos últimos três anos, este grupo reuniu-se quase todos os meses para analisar as provas, novas técnicas e possíveis métodos para resolver o caso. Encontrava-se regularmente com vários laboratórios em todo o país para explorar formas de avançar”, aponta Kramer.

“O que tornou a resolução deste caso verdadeiramente única foi a necessidade de combinar múltiplas técnicas, tanto antigas como modernas”, acrescenta.

Foi necessário recorrer à genealogia genética, à balística, ao ADN do cromossoma Y — utilizados apenas em alguns Estados norte-americanos — e à análise de um perfil de ADN presente no software CODIS do FBI, que tem sido o padrão desde os anos 1990, explica Kramer.

Como o caso se resolveu

Jackson sentiu que finalmente tinha encontrado o homem certo, mas precisava de saber por que motivo Brashers estava no Texas e para onde se dirigiu após os assassinatos na loja de iogurtes.

Fez uma verificação dos antecedentes de Brashers e descobriu que, 48 horas depois dos homicídios em Austin, ele foi detido pela polícia na fronteira entre o Texas e o Novo México. Estava a conduzir um carro roubado e transportava uma arma de calibre 380.

Era o mesmo modelo que matou Amy, sublinha Jackson.

A arma que Brashers tinha naquele dia, a 8 de dezembro de 1991, correspondia à balística da arma usada na loja de iogurtes, e também coincidia com a arma usada mais tarde em Kentucky. A mesma arma foi também usada quando se suicidou no Missouri.

No mês passado, Jackson decidiu que era o momento certo para fazer uma comparação direta do ADN masculino desconhecido encontrado sob as unhas de Amy.

O ADN utilizável seria consumido durante os testes, representando um risco, mas era agora ou nunca.

“É agora," pensou Jackson. "Vamos apostar todas as nossas fichas. Vamos com tudo.”

No dia 15 de setembro, Jackson enviou para análise as amostras das unhas de Amy recolhidas na autópsia. O ADN masculino desconhecido encontrado sob as unhas foi comparado diretamente com o perfil de Brashers — e correspondia.

As estatísticas indicam que a probabilidade de o ADN de Brashers encontrado sob as unhas de Amy pertencer a outra pessoa é de 2,5 milhões para 1, segundo Jackson.

Perante as descobertas da investigação, Jackson incentiva os seus colegas em todo o país a reexaminarem homicídios não resolvidos e a compará-los com este caso, uma vez que podem existir mais vítimas por identificar.

"Se tiverem homicídios não resolvidos com um modus operandi semelhante, entre 1989 e o início de 1992, especialmente se envolver uma arma de calibre 380, e depois novamente em 1997 e 1998, quando ele voltou a sair da prisão, por favor, entrem em contacto connosco", disse Jackson.

Mindy Montford, atualmente advogada da unidade de casos arquivados do procurador-geral do Estado, começou a trabalhar no caso em 2017, quando era assistente do procurador do condado de Travis, e prometeu às famílias que nunca desistiria dele. Ela afirmou que a sua unidade continuará a investigação para determinar se Brashers foi responsável por outros crimes violentos no Texas.

Jackson diz que a resolução dos assassinatos na loja de iogurtes exigiu um esforço coletivo, e envolveu a Unidade de Casos Arquivados do procurador-geral do Texas, os Texas Rangers, o Departamento de Segurança Pública do Texas, a Divisão de Ciências Forenses da Cidade de Austin, assim como a agência federal ATF e diversos departamentos de polícia com investigações que apontavam para Brashers.

O detetive Dan Jackson, nesta imagem a falar durante uma conferência de imprensa a 29 de setembro sobre os assassinatos na loja de iogurtes de Austin, foi baleado em serviço num incidente não relacionado, durante a investigação. As fotos das vítimas estão expostas atrás dele. (Eric Gay/AP)

"É melhor lutarmos de pé"

Shawn Ayers perdeu a sua única irmã, Amy, naquela noite horrível em Austin, em 1991. Tinha 19 anos, e os pais já lhe tinham revelado a terrível verdade sobre os últimos momentos dela.

Quando Jackson foi chamado para o caso, 31 anos depois, já vários detetives tinham tentado resolvê-lo.

Angie Ayers, mulher de Shawn, acompanhava o caso desde o início, quando tinha apenas 16 anos, muito antes de conhecer o futuro marido, porque conhecia os primos de uma outra vítima.

Jackson foi avisado de que Angie Ayers era uma força a não subestimar: ela não desiste.

Em 2022, o casal foi informado de que o novo detetive responsável pelo caso tinha formação em ciência forense. Pensaram que era uma excelente notícia, já que os testes de ADN estavam a ganhar força.

“Quando ele entrou, não havia ego”, lembra Angie Ayers. “Era como se dissesse: ‘Este caso é meu. Não quero outro detetive envolvido. Quero resolvê-lo’.”

Jackson corroborou as suas palavras com ações.

“Ele respondia a todas as chamadas, todos os emails, todas as mensagens”, recorda Angie Ayers.

“Além de ser um bom detetive, é uma ótima pessoa. É aí que tudo começa", sublinha Shawn Ayers.

No mês passado, Shawn e Angie Ayers estavam em Bryan, Texas, a mostrar os seus cavalos numa competição que demonstra a versatilidade dos animais a lidar com o gado, quando receberam uma chamada de Jackson: ele e a sua equipa iriam ter com eles no dia seguinte para lhes dar uma notícia importante.

Angie Ayers pediu às pessoas na arena uma sala privada. O casal explicou que a pressão sobre o que iam descobrir era enorme.

As roupas estavam sujas da competição de equitação, mas, conta Angie: “Saltei do cavalo, tirei a sela e fui para esse encontro.”

"Depois de saberem que o caso antigo tinha sido resolvido e a identidade do suspeito revelada, disse ao marido: 'É incrível recebermos esta notícia aqui, numa feira de cavalos, e a Amy adorava cavalos. Pareceu-me uma mensagem do outro lado a dizer que está tudo bem. E foi uma sensação muito boa, penso eu, para os dois.'”

Angie e Shawn Ayers durante um momento de silêncio na conferência de imprensa. (Eric Gay/AP)

Shawn e Angie Ayers desejam agora contribuir para ajudar outras famílias de vítimas de homicídios por resolver a obter respostas. Acreditam que o assassino de Amy terá feito o mesmo a outras pessoas.

Na conferência de imprensa, depois de Jackson explicar como encontraram o suspeito dos assassinatos na loja de iogurtes de Austin, o pai de Amy, Bob, colocou um crachá no colarinho do detetive. O crachá tinha sido criado pelos pais das vítimas logo após os assassinatos e era usado em toda a cidade de Austin.

No crachá lê-se: “We Will Not Forget” (“Não Esqueceremos”).

“Este é um dos crachás originais e ele mereceu-o. Não é muito, mas para nós significa muito”, diz Shawn Ayers.

Ayers conta que sempre lhe disseram que Amy lutou pela sua vida.

“Agora temos provas. A última coisa que ela fez nesta vida foi lutar. Nós não acabámos, ainda vamos lutar por ela e por outras famílias.”

Se pudesse falar com a irmã, cuja luta ajudou a resolver o caso, através do ADN do suspeito encontrado sob as unhas, Ayers diria: “Gostava que isto não tivesse acontecido. Amo-te, mas aconteceu. É melhor lutarmos de pé do que rendermo-nos de joelhos e foi exatamente isso que ela fez.”

Quando lhe perguntaram qual seria a sua mensagem para Amy, Jackson fez uma breve pausa antes de responder.

“Lamento termos levado 34 anos para descobrir isto por ti e pelos teus pais, mas bom trabalho miúda, arranhaste-o todo. É incrível que tenhas feito isso, porque foi isso que nos trouxe até aqui.”

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