Macron recusou fazer teste à covid no Kremlin por receio de roubo de ADN

11 fev 2022, 20:06
Putin e Macron reunidos no Kremlin Foto: EPA

Macron esteve reunido com Putin na segunda-feira, no âmbito das conversações para evitar um conflito na Ucrânia.

O presidente francês, Emmanuel Macron, recusou fazer o teste russo à covid-19 previsto para o seu encontro em Moscovo com o seu homólogo russo, Vladimir Putin.

A informação, avançada pela agência Reuters, dá conta que Macron se terá recusado a fazer o teste russo por medo de lhe ser extraído o ADN. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou que Macron recusou o teste, adiantando que esse não seria um problema, mas significava que era necessária uma distância de seis metros como medida de proteção da saúde de Putin.

Fontes diplomáticas francesas adiantaram à Reuters que Macron tinha sido aconselhado a escolher entre aceitar fazer o teste PCR russo e estar próximo de Putin ou manter as regras de distanciamento físico, que acabou por ser a opção do presidente. 

Macron esteve reunido com Putin na segunda-feira, no âmbito das conversações para evitar um conflito na Ucrânia. Os líderes não se cumprimentaram com o aperto de mão e sentaram-se numa mesa com quatro metros de comprimento entre eles. 

"Sabíamos muito bem que isso significava nenhum aperto de mão e aquela longa mesa. Mas não podíamos aceitar que eles pusessem as mãos no ADN do presidente", adiantou a fonte francesa à Reuters. 

Uma outra fonte da comitiva de Macron explicou que o presidente francês fez o teste PCR antes de partir rumo à Rússia e outro teste antigénio à chegada ao país, adiantando que "o protocolo de saúde russo não parece aceitável ou compatível" com as restrições, referindo-se ao período de tempo necessário para se saber os resultados do teste PCR.

Além disso, a comitiva francesa acredita que o facto dos homólogos não apertarem as mãos "não interfere de forma alguma com as negociações".

Na quinta-feira, três dias após o encontro de Macron e Putin, o líder russo recebeu o presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev. Ambos apertaram as mãos e estiveram sentados próximos um do outro. 

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