A ministra realçou que se deve "olhar cada vez mais de perto" a pobreza, a desigualdade, a exclusão e a discriminação como "catalisadores do terrorismo e do extremismo violento"
A ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro, considerou esta terça-feira fundamental que os países "assumam um compromisso claro e inequívoco com a prevenção e repressão do terrorismo", defendendo que é preciso "abordar as suas causas".
Catarina Sarmento e Castro participou esta terça-feira, em representação de Portugal, na Conferência Internacional de Alto Nível sobre Direitos Humanos, Sociedade Civil e Combate ao Terrorismo, que se realizou em Málaga, em Espanha.
"É fundamental que os Estados assumam um compromisso claro e inequívoco com a prevenção e repressão do terrorismo e as atividades relacionadas", disse, considerando "essencial abordar as suas causas profundas, medir o seu impacto nas sociedades e analisar as causas sociais que o alimentam".
A ministra realçou que se deve "olhar cada vez mais de perto" a pobreza, a desigualdade, a exclusão e a discriminação como "catalisadores do terrorismo e do extremismo violento", apontando "a cooperação internacional efetiva" como o "primeiro passo para combater um dos mais graves atentados aos direitos humanos".
A titular da pasta da Justiça reiterou o compromisso de Portugal em manter uma "abordagem multilateral" no combate ao terrorismo, assinalando o "aumento de ataques terroristas por meios digitais".
Segundo Catarina Sarmento e Castro, a pandemia da covid-19 "exacerbou alguns dos problemas subjacentes" e "levou o recrutamento e a propaganda" terroristas "cada vez mais para a internet".