Osaka recusa falar à imprensa e arrisca desqualificação de Roland Garros

31 mai 2021, 15:37
Naomi Osaka

Japonesa está em maus lençóis depois de ter anunciado de que não iria participar em conferências de imprensa de forma a preservar a saúde mental durante o major francês

Antes de participar em Roland Garros, Naomi Osaka revelou que não iria participar em qualquer conferência de imprensa de forma a preservar a saúde mental.

A tenista japonesa acredita que os momentos com a comunicação social depois dos jogos são como «receber pontapés enquanto se está no chão».

«Sempre achei que as pessoas não se importam com a saúde mental dos atletas e isso soa verdadeiro sempre que vejo uma conferência de imprensa ou participo de uma. Frequentemente sentamo-nos lá e fazem-nos perguntas que já foram feitas várias vezes antes ou perguntas que trazem dúvidas às nossas mentes e eu não me vou sujeitar a pessoas que duvidam de mim», pode ler-se num comunicado divulgado pela antiga número um mundial nas redes sociais.

Além do valor pesado das multas, que será todo doado a instituições de caridade de saúde mental, Naomi Osaka arrisca ser desqualificada do major francês, visto que todos os tenistas têm obrigação de realizar conferências de imprensa após cada jogo e devem estar disponíveis para os meios de comunicação social. 

«Acredito que toda a situação é pontapear uma pessoa enquanto ela está no chão e não entendo o motivo por detrás disso», disse a tenista numa entrevista em court após a passagem à segunda ronda do torneio francês.

A organização de Roland Garros, em conjunto com o Open da Austrália, Wimbledon e do Open do Estados Unidos, já reagiram à posição tomada por Osaka.

«Já avisámos Naomi Osaka de que se ela continuar a ignorar as obrigações com os media durante o torneio, pode ficar exposta a mais infrações do Código de Conduta e consequências. Como seria expectável, infrações repetidas implicam sanções mais pesadas, como a desqualificação do torneio e uma investigação para infração grave pode levar a multas maiores e suspensões de Grand Slams», lê-se no comunicado conjunto.

Os responsáveis da prova gaulesa revelaram ter tentado conversar com a nipónica para que esta mude de ideias, algo que ainda não aconteceu. 

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