Proteção Civil deixa uma lista de recomendações e revela quais os efeitos esperados com o mau tempo
A Proteção Civil emitiu este domingo um alerta para os efeitos da cicloneDanielle, que vai atravessar o país esta semana, deixando recomendações de prevenção.
A partir deste domingo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê chuvas intensas, acompanhadas de ventos fortes e trovoada, em especial a partir da madrugada de segunda-feira. Como tal, a Proteção Civil deixou uma lista de avisos, destacando-se o perigo de cheias e avisos para acidentes rodoviários na sequência de pisos escorregadios e formação de lençóis de água:
- Danos em estruturas montadas ou suspensas;
- Possibilidade de queda de ramos ou árvores em virtude de vento mais forte;
- Possíveis acidentes nas zonas costeira;
- Dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente as verificadas em períodos de preia-mar, podendo causar inundações nos locais historicamente mais vulneráveis;
- Estradas escorregadias e eventual formação de lençóis de água;
- Possibilidade de cheias rápidas em meio urbano, por acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de drenagem;
- Contaminação de fontes de água potável por inertes resultantes de incêndios rurais;
- Possibilidade de inundação por transbordo de linhas de água nas zonas historicamente mais vulneráveis;
- Inundações de estruturas urbanas subterrâneas com deficiências de drenagem.
Nas zonas costeiras, é esperada “ondulação de Oeste/Noroeste, durante o dia de amanhã [segunda-feira], com uma altura significativa até 3,5 metros, em especial na costa oeste da região Sul, e na noite de 12 para 13” de setembro.
Dado os perigos, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) "recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, se recomenda a observação e divulgação das principais medidas de autoproteção para estas situações", lê-se no documento.
Desta forma, aquela autoridade deixa uma lista de medidas preventivas a adotar:
- Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas; −
- Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
- Ter especial cuidado na circulação junto da das zonas costeiras e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando a circulação e permanência nestes locais;
- Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;
- Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
- Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível acumulação de neve e formação de lençóis de água nas vias; −
- Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
- Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.
Apesar da previsão das primeiras chuvas fortes depois da seca, a Proteção Civil continua a alertar para o perigo dos fogos, devido ao vento e ao estado de secura da vegetação, “especialmente na região interior do Norte e Centro, onde o risco de incêndio rural se mantém nos níveis muito elevado e máximo”.