Juros implícitos no crédito habitação voltam a subir para 1,328%, um novo máximo desde 2015

23 nov 2022, 11:14
Prestações do crédito à habitação caem para valor mais baixo de sempre

Juro implícito no crédito à habitação atinge novo máximo de 2015 ao subir para 1,328%. No conjunto dos novos contratos dos últimos três meses, o juro supera os 2% para máximos desde maio de 2016

A taxa de juro implícita no crédito à habitação voltou a subir para os 1,328% em outubro, um aumento de 18,4 pontos base face a setembro (1,144%) e um novo máximo desde fevereiro de 2015, avança esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

No conjunto dos novos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro atingiu os 2,061% em outubro, após se fixar nos 1,775% no mês anterior. Esta revisão em alta representa um novo máximo desde maio de 2016.

Relativamente ao crédito para Aquisição de Habitação, “o mais relevante no conjunto do crédito à habitação”, o juro implícito do total dos contratos subiu para 1,342%, um aumento de 18,2 pontos base face a setembro. No conjunto dos novos contratos dos últimos três meses, a taxa de juro aumentou 27,9 pontos base para os 2,054%.

Taxas de Juro implícitas no Crédito à Habitação por Período de Celebração dos Contratos
Fonte: INE

Já o capital e a prestação média também sofreram aumentos, com o capital médio em dívida a aumentar 424 euros, fixando-se em 61.513 euros. Por sua vez, a prestação média situou-se nos 279 euros em outubro em reflexo de uma subida de 7 euros face a setembro, e 28 euros em termos homólogos.

No conjunto dos novos contratos dos últimos três meses, o valor médio da prestação aumentou 18 euros, para os 489 euros.

Segundo o gabinete estatístico, “a subida das taxas de juro nos últimos meses, tem levado ao aumento significativo do valor médio da prestação do crédito à habitação”. Enquanto em outubro de 2022 a prestação média para “aquisição de habitação” foi 18,7% superior ao registado em igual mês de 2021, o Índice de preços no consumidor (IPC) verificou um aumento de 10,1%.

“Ainda assim, mais de 75% de contratos de crédito à habitação em vigor em outubro de 2022, tinham uma prestação entre 100 e 400 euros mensais e apenas 5% tinham uma prestação superior a 630 euros”, destaca o INE.

Relacionados

Economia

Mais Economia

Patrocinados