Taxa de juro dos Certificados de Aforro atinge teto máximo de 3,5%

ECO - Parceiro CNN Portugal , Luís Leitão
27 fev 2023, 08:42
Euros

Como resultado da contínua subida da taxa Euribor a três meses ao longo do último mês, a taxa de juro dos Certificados de Aforro em março fixa-se no valor máximo permitido por lei

A taxa de juro bruta para novas subscrições e capitalizações de Certificados de Aforro em março será de 3,5%. Além de ser o valor mais elevado desde que a Série E começou a ser comercializada em novembro de 2017, é também a taxa máxima permitida por lei.

Apesar de a fórmula de cálculo da remuneração dos Certificados de Aforro apontar para uma taxa de juro de 3,67% (média dos valores da Euribor a 3 meses observados nos dez dias úteis anteriores ao antepenúltimo dia do mês, mais um prémio de 1%), a remuneração para março será de 3,5%, porque esse é o teto máximo estabelecido.

Recorde-se que, desde janeiro de 2022, quando a remuneração dos Certificados de Aforro registou o valor mais baixo de sempre (0,411%), a taxa de juro nunca mais parou de subir. Até agora, acumula 14 meses de subidas interruptas que culminaram com um aumento global de 309 pontos base da taxa de juro.

Doravante, mesmo que a taxa Euribor a 3 meses continue a escalar, a remuneração dos Certificados de Aforro irá manter-se nos 3,5%. Para que taxa de juro destes títulos de dívida pública desenhados para o retalho baixe deste patamar, será necessário que a Euribor a 3 meses negoceie abaixo dos 2,5% – atualmente, está nos 2,69%.

No entanto, os investidores que detenham Certificados de Aforro há mais de um ano podem ambicionar ganhos mais elevados do que os 3,5%. Isto porque, de acordo com a ficha técnica destes produtos, à taxa de juro fixada mensalmente é ainda aplicado um prémio de permanência de 0,5% para os títulos detidos entre o segundo e o quinto ano de permanência, e 1% entre o sexto e o décimo ano.

Os juros dos Certificados de Aforro têm uma periodicidade trimestral e assumem uma capitalização automática até ao prazo máximo de dez anos. Se até então não houver lugar a qualquer reembolso, os juros e o capital investido ao longo de uma década são creditados na conta bancária.

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