TAP: Sitava lamenta que haja dinheiro para carros mas não para balneários dignos

Agência Lusa , DCT
6 out 2022, 13:07
Avião da TAP no aeroporto de Lisboa (Horacio Villalobos/Corbis via Getty Images)

Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos acusa a administração da transportadora de falta de "sensibilidade e bom senso" e ainda de "dualidade de critérios"

O Sitava acusou esta quinta-feira a TAP de falta de “sensibilidade e bom senso”, na polémica sobre a renovação dos carros para administradores, e pediu que a empresa demonstre que não tem dualidade de critérios no cumprimento de contratos.

Em comunicado, com o título “sensibilidade e bom senso precisam-se”, o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) considerou que a administração da TAP contribuiu para que a companhia aérea “volte a ser utilizada como arma de arremesso político”, devido à renovação da frota automóvel.

Em causa está a notícia avançada pela TVI/CNN Portugal e pelo portal Away, na quarta-feira, de que a TAP encomendou uma nova frota de automóveis BMW para a administração e gestores, substituindo os da Peugeot.

A TAP defende que a renovação da frota automóvel permite uma poupança de 630 mil euros anuais, justificando que em causa estão 50 viaturas, para o qual foi feito um concurso ao mercado, tendo sido convidadas a participar seis entidades no mercado português.

“Pela nossa parte iremos de imediato solicitar uma reunião à Comissão Executiva para dar oportunidade à empresa de se retratar, e demonstrar que não pratica dualidade de critérios, resolvendo rapidamente as variadíssimas questões pendentes que se arrastam há meses”, apontou o sindicato, lembrando que os contratos com os trabalhadores da TAP preveem o “direito ao salário completo”, o que “não está a ser cumprido”, no âmbito da reestruturação da companhia.

O Sitava vincou que “não está, portanto, em causa o ato de gestão de renovar ou não a frota automóvel, nem sequer a marca escolhida”, mas repudiou “profundamente”, “as opções de gestão que canaliza recursos para cumprir os contratos com uns e recusa-os a outros, até para resolver as pequenas coisas, mas com grande significado para os trabalhadores”.

“[A gestão] canaliza recursos para obras perfeitamente inúteis como o controlo de acessos no H6 [edifício] e recusa-os para obras de fundo, como, por exemplo, para dignificar os balneários dos trabalhadores, e tantas outras que aqui poderíamos enumerar, como por exemplo essa ideia peregrina de mudar a sede à pressa e sem a devida ponderação”, acusou o sindicato.

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