TAP: Tripulantes admitem greve até final do ano

Agência Lusa , DCT
12 out 2022, 15:42
Avião da TAP

Sustentando que “as administrações passam e os trabalhadores é que ficam”, o dirigente sindical considerou “preocupante que esta administração não tenha uma política fundamentada”, mantendo “uma gestão sem rumo, conforme vai a maré e a pressão política e pública”.

O presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) avisou esta quarta-feira ser “muito provável” uma greve no grupo TAP “até final do ano”, dado o “descontentamento, revolta e mal-estar” entre os trabalhadores.

“Queria expressar o descontentamento, a revolta e o mal-estar que se vive nos trabalhadores. Neste momento, temos os ingredientes perfeitos para a tempestade perfeita: descontentamento crescente, dificuldades ligadas à inflação, cortes salariais e de regalias, atos de gestão totalmente fora da caixa, falta de sensibilidade social. Estamos a passos largos a caminho de ações, até final do ano, que não sabemos que consequências vão ter. É muito provável que até ao final do ano possa haver uma greve no grupo TAP”, afirmou Ricardo Penarróias durante uma audição sobre a privatização da TAP na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, a requerimento do PCP.

Sustentando que “as administrações passam e os trabalhadores é que ficam”, o dirigente sindical considerou “preocupante que esta administração não tenha uma política fundamentada”, mantendo “uma gestão sem rumo, conforme vai a maré e a pressão política e pública”.

“E um bom exemplo disso é a questão dos BMW, que, se eram assim tão bons e lucrativos para empresa, então que tivessem mantido a decisão até ao final”, sustentou, referindo-se à recente notícia de que a transportadora aérea tinha encomendado uma nova frota de automóveis BMW para a administração e gestores, num contrato que a empresa acabou, contudo, por decidir renegociar após a polémica gerada.

Para o presidente do SNPVAC, “mais do que a favor ou não da privatização” da TAP, o sindicato defende “uma administração competente, transparente e com sensibilidade social”:

“Algo que – acrescentou - ao longo dos últimos meses, semanas e dias não se tem verificado por parte desta administração”.

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