TAP regista lucro de 111,3 milhões de euros no terceiro trimestre

2 nov 2022, 08:09
TAP

 

 

Ainda assim, se olharmos para o conjunto do ano, os resultados são negativos

A TAP registou um prejuízo de 91 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano. No entanto, se se olhar apenas para o terceiro trimestre, de julho a setembro, a companhia aérea registou um lucro de 111,3 milhões de euros. Isto significa que quando se olha para o conjunto do ano os resultados ainda são negativos. 

Resultados TAP - terceiro trimestre e nove meses 2022

No comunicado divulgado esta quarta-feira pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa explica que esta liquidez positiva foi impulsionada "pelo forte desempenho operacional e um efeito positivo da implementação de uma política de cobertura cambial mais abrangente, que também reduziu o impacto cambial dos anteriores trimestres de 2022". 

O número de passageiros transportados no último trimestre duplicou quando comparado com o mesmo período do ano passado: subiu de 2,1 milhões de para 4,3 milhões passageiros.

Os custos operacionais ascenderam a 966,2 milhões de euros - um aumento de 97,4% face ao terceiro trimestre de 2021. De acordo com a TAP, "este aumento significativo reflete o maior nível de atividade, dado um aumento de ASK de 68,5% durante este período". Se compararmos com o mesmo período de 2019, os custos operacionais foram 6% mais altos, "essencialmente em resultado do custo mais elevado com combustível, que aumentou EUR 137,7 milhões de euros no período".

Neste mesmo comunicado, a empresa garantiu ainda estar a "recuperar mais rapidamente do que a maior parte [das restantes companhias aéreas] comparáveis com receitas fortes no terceiro trimestre". Nas três principais métricas utilizadas no setor - capacidade, tráfego e receitas - a TAP supera a International Airlines Group (IAG), a Air France-KLM e a Lufthansa. 

TAP em comparação com outras companhias aéreas 

As receitas ascenderam a 1,11 milhões de euros, o que ultrapassa o resultado obtido em 2019, e que a companhia aérea sublinha como sendo "um recorde histórico de receitas operacionais, excedendo os níveis pré-crise em 7,5%, o que permitiu à companhia alcançar um desempenho financeiro sem precedentes". 

A presidente da TAP, Christine Ourmières-Widener, referiu que a companhia "está a confirmar a solidez do seu desempenho no terceiro trimestre, com todas as métricas financeiras acima dos níveis pré-crise, apesar do aumento dos custos de combustível". Em conferência de imprensa, a CEO considerou ainda que o plano estratégico da companhia “é bom e está a trazer bons resultados”, no mesmo dia em que a transportadora anunciou os resultados no terceiro trimestre.

A procura para o 4.º trimestre “mantém-se bastante forte, suportando as expectativas de um bom resultado acumulado até final do ano”, refere a gestora, acrescentando: “A visibilidade para o próximo ano é, no entanto, ainda limitada e, atendendo às incertezas da atual conjuntura, é cada vez mais crucial que mantenhamos o foco no nosso plano estratégico, o qual tem, até agora, provado ser eficaz.”

A informação divulgada refere ainda que a posição de liquidez da companhia aérea portuguesa “é sólida”, com 775,1 milhões de euros em caixa e equivalentes no final do trimestre.

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