A validade foi renovada mais do que uma vez e, ao jornal Público, a companhia aérea admite que essa renovação acontece "em função das condições de mercado"
Os passageiros da TAP que viram as suas viagens afetadas pela pandemia de covid-19 ainda tinham 203,9 milhões de euros em vouchers por utilizar no final de 2021, avança o jornal Público.
De acordo com o relatório e contas da empresa pública de 2021, este valor é 28% inferior aos 282,5 milhões de euros descritos no relatório de 2020.
O mecanismo do voucher como forma de reembolso surgiu em 2019, porém, foi em março de 2020, no pico da pandemia de covid-19, que foi amplamente utilizado, que a empresa disse não ter capacidade de pagar os reembolsos em dinheiro aos seus clientes.
A TAP acabou por prolongar a validade dos vouchers de um para dois anos, acabando por voltar a alterar as condições noutras alturas.
Em declarações ao jornal Público, fonte oficial da empresa explica que “vouchers emitidos desde o início da pandemia viram as suas condições evoluir ao longo do tempo”.
A mesma fonte explica que, numa primeira fase da pandemia, os vouchers tiveram a validade de dois anos, “mais tarde de um ano e seis meses e em 2021 passaram a ser emitidos com um ano de validade”.
No entanto, a empresa tem vindo a prolongar os prazos dos vouchers sempre que estes se aproximam do prazo de validade, com o propósito de, segundo a empresa, “salvaguardar o interesse dos clientes” afetados pelo cancelamento de voos durante o pico da pandemia.
Ao Público, a companhia aérea admite “renovar ou prolongar a validade dos vouchers em função das condições de mercado".