CEO demitida da TAP acusa IGF de discriminação e admite levar o caso a tribunal - "em devido tempo"

6 mar 2023, 19:55
Christine Ourmières-Widener, presidente executiva da TAP (Getty Images)

Gestora acusa autoridade de não a ter ouvido, dizendo que o seu caso foi único

Christine Ourmières-Widener, CEO da TAP, acusa a Inspeção-Geral de Finanças (IGF) de não a ter ouvido na investigação ao caso da indemnização de 500 mil euros dada pela TAP a Alexandra Reis. Christine Ourmières-Widener foi demitida com "justa causa" precisamente devido ao pagamento desta verba.

Numa nota incluída no relatório publicado pela IGF que determinou o despedimento da CEO, a administradora manifesta a sua "perplexidade" por ter sido, segundo a própria, "a única pessoa diretamente envolvida na auditoria que não foi ouvida pessoalmente perante a IGF".

"Fica devidamente registado este comportamento discriminatório por parte da IGF, relativamente ao qual não deixará de se retirar, em devido tempo, todas as consequências legais", acrescenta.

Esta é a reação à decisão conhecida esta segunda-feira e que surge após o relatório da IGF relacionado com a indemnização de €500.000 paga a Alexandra Reis.

Alexandra Reis esteve apenas 25 dias como secretária de Estado do Tesouro no Ministério das Finanças, liderado por Fernando Medina. Saiu no fim de 2022 e mais tarde fez cair todo o Ministério das Infraestruturas e da Habitação, com Pedro Nuno Santos à cabeça, devido a este caso dos €500.000.

A verificação pela IGF da legalidade da indemnização paga a Alexandra Reis foi determinada a 27 de dezembro do ano passado pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, e pelo então ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos.

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