Reembolsos da TAP já foram “contabilizados” e não terão impacto nas contas da companhia

15 nov 2022, 10:58
Avião da TAP no aeroporto de Lisboa (Horacio Villalobos/Corbis via Getty Images)

Departamento dos Transportes dos Estados Unidos condenou a TAP ao reembolso de 122 milhões de euros e ao pagamento de uma multa de um milhão de euros. Companhia garante que reembolsos já foram "pagos e contabilizados"

O Departamento dos Transportes dos Estados Unidos (DoT) condenou a TAP, juntamente com outras cinco companhias aéreas, ao pagamento de multas e reembolsos num total de 123 milhões de euros. No entanto, o valor desta sanção não deverá ter impacto nas contas da companhia aérea.

Em causa estão voos cancelados ou alterados “significativamente”, principalmente durante a pandemia, pelo que a TAP terá de reembolsar 122 milhões de euros (126,5 milhões de dólares) e ainda uma multa de mais de um milhão de euros (1,1 milhões de dólares).

Estes valores, no entanto, já se encontram refletidos nas contas da companhia aérea, garante a TAP. Em reação envidada à CNN Portugal, a empresa garante que, para assistir os seus clientes, contratou “pessoal adicional” assim que houve capacidade financeira para tal e investiu “na implementação de soluções automatizadas para facilitar os reembolsos”. A companhia aérea assegura ainda que estes reembolsos “já foram, entretanto, todos pagos e contabilizados”.

A ação levada a cabo pelo governo americano deixou ainda um alerta às companhias aéreas. “Quando um voo é cancelado, os passageiros que procuram o reembolso devem ser reembolsados ​​imediatamente. Sempre que isso não acontecer, agiremos para responsabilizar as companhias aéreas em nome dos viajantes americanos”, disse Pete Buttigieg, secretário dos Transportes dos Estados Unidos.

A companhia aérea portuguesa defende levar as regras do DoT “muito a sério” e mostrou-se “totalmente” empenhada em cumprir com as medidas aplicadas. Para a TAP, os atrasos nos reembolsos deveram-se às “circunstâncias extraordinariamente desafiantes causadas pela covid-19”, nomeadamente, a redução de 90% da mão-de-obra da companhia. Este fator, aliado à “avalanche de pedidos de reembolso” resultante da covid-19, ditaram a impossibilidade de “lidar atempadamente com os pedidos massivos e sem precedentes”, justifica.

A empresa compromete-se também a identificar e implementar melhorias no seu processo de reembolso, durante o que considera ter sido “um período sem precedentes e extremamente difícil para a TAP e a nossa indústria”, enquanto caminha para a recuperação.

No terceiro trimestre do ano, a TAP verificou um lucro de 111,3 milhões de euros, mas, no acumulado dos primeiros nove meses de 2022, a empresa continua com um prejuízo de 91 milhões de euros, segundo os últimos resultados divulgados.

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