“Se António Costa fosse advogado ficaria rico, mas ele escolheu ficar pobre”: Lacerda Machado elogia o amigo primeiro-ministro

11 mai 2023, 21:54
O ex-administrador não-executivo da TAP, Diogo Lacerda Machado, durante a sua audição na Comissão Parlamentar de Inquérito à Tutela Política da Gestão da TAP na Assembleia da República (Lusa/ José Sena Goulão)

Lacerda Machado recordou os tempos em que trabalhou com António Costa num processo ligado a uma farmacêutica. E, apesar de o amigo ter seguido a carreira política em vez da advocacia, diz que “é riquíssimo de espírito”

Diogo Lacerda Machado, ex-administrador da TAP, elogiou as competências do primeiro-ministro e amigo António Costa. Mas escolheu, na comissão parlamentar de inquérito à gestão da TAP, uma formulação curiosa para o fazer: “António é um extraordinário advogado. Sempre lhe disse que se fosse advogado ficaria rico, mas ele escolheu ficar pobre”.

A frase surgiu em resposta ao social-democrata Paulo Moniz, que recuou aos tempos em que António Costa era advogado, tendo trabalhado com Lacerda Machado.

O gestor disse não se recordar da passagem do agora primeiro-ministro pela Ondex, empresa ligada à Motorola e a Stlanley Ho, que concorreu às primeiras licenças móveis em Portugal.

A recordação de terem trabalhado juntos veio de um processo ligado à indústria financeira, recuperou. E foi nessa sequência que veio o elogio: “Ele podia ser rico mas escolheu ficar pobre, que é o que ele é. Mas é riquíssimo de espírito”.

Já antes Lacerda Machado tinha garantido que não falava sobre a TAP com o amigo António Costa desde “o dia 9 de abril de 2020 às 22h00”. “É a melhor forma de preservar a nossa excelente amizade”, considerou. E afastou também que o primeiro-ministro alguma vez o tenha pressionado enquanto era administrador da TAP.

Paulo Moniz também perguntou a Lacerda Machado se era padrinho de casamento de António Costa, que confirmou.

Diogo Lacerda Machado foi o escolhido por António Costa em 2016 para renegociar com os privados da Atlantic Gateway a participação do Estado na TAP, revertendo assim parcialmente a privatização levada a cabo pelo Governo de António Costa.

Seria também António Costa a sugeri-lo para administrador da TAP, de onde saiu em abril de 2021.

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