"O investimento no Brasil é que permite que a TAP ainda exista. Foi o melhor investimento que a TAP fez em 50 anos": Lacerda Machado

9 mai 2023, 16:30
Diogo Lacerda Machado (André Kosters/Lusa)

Em causa está o negócio de manutenção no Brasil, que tem sido muitas vezes apontado como um negócio ruinoso

Diogo Lacerda Machado defendeu que foi o investimento da TAP no negócio da manutenção da Varig/VEM no Brasil que “viabilizou a sobrevivência” da companhia aérea. A posição foi assumida na audição do antigo administrador na comissão parlamentar de Economia.

“Aquilo que viabilizou a sobrevivência durante 15 anos foi o Brasil. E o que permitiu que a TAP se tornasse a maior operadora estrangeira no Brasil foi a VEM. Não havia TAP se não tivesse havido investimento no Brasil”, afirmou.

Em causa está o negócio de manutenção no Brasil, que tem sido muitas vezes apontado como um negócio ruinoso. Na audição, o liberal Carlos Magalhães Pinto lembrou as imparidades de mil milhões de euros para a TAP na altura do fecho deste negócio. Já o comunista Bruno Dias Bruno destacou os prejuízos acumulados até 2019 e um passivo a descoberto de 1,5 mil milhões de euros.

Já em 2016, enquanto, em representação do Estado, Diogo Lacerda Machado negociava com os privados a retoma parcial do capital, tinha defendido na Assembleia da República esta compra. Agora, reforça a posição.

“Acho que o investimento feito no Brasil é aquilo que permite que a TAP ainda hoje exista. Eu acho que foi o melhor investimento que a TAP fez em 50 anos”, argumentou. Isto porque, segundo o antigo administrador, esta aposta no Brasil permitiu à TAP encaixar receitas de “10 mil a 12 mil milhões” com a operação no Brasil.

Lacerda Machado lembrou que a Geocapital, de quem foi advogado e posteriormente administrador, se limitou na altura a “passar para a TAP - ao cêntimo - os encargos financeiros da mobilização daqueles fundos”.

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