Taça: Machico-Boavista, 1-0 (crónica)

16 out 2022, 18:23
Machico-Boavista

Pantera afunda-se na Madeira e fica fora da Taça

*por Diogo Gaudêncio

O Boavista não foi feliz na deslocação à Madeira e caiu perante a AD Machico, do Campeonato de Portugal, graças a um golo de Roberto Gouveia e a uma impressionante exibição do guarda-redes Duarte Nuno.

Num duelo entre antigos colegas de equipa no Benfica, o ex-central internacional português João Manuel Pinto levou a melhor sobre Petit, que só viu o jogo a partir da bancada, por estar a cumprir suspensão.

Os axadrezados mudaram apenas três peças no onze, com o guarda-redes João Gonçalves, o central Robson e o médio ofensivo Masaki Watai a entrarem nas opções iniciais, mas a primeira parte mostrou pouca da diferença entre as equipas de primeiro e quarto escalão.

No primeiro quarto de hora, o Boavista jogou praticamente apenas no meio-campo adversário, com Masaki Watai a estar presente nas principais ações ofensivas.

No entanto, a partida começou a equilibrar, para gaudio das bancadas do estádio praticamente lotado, a rondar os 3000 espectadores, com nota ainda para as várias dezenas de pessoas que espreitaram a ação do relvado ao redor do recinto.

As aproximações dos anfitriões estavam a ser feitas sobretudo a partir de lances de bola parada e por um ou outro lance de contra-ataque, ainda assim, não estavam a assustar o estreante guarda-redes boavisteiro João Gonçalves.

Os madeirenses superiorizaram-se nos últimos cinco minutos do primeiro tempo e, depois de um aviso de Neri, chegaram mesmo ao golo em cima do intervalo, numa bela jogada, em que Kenny cruzou da direita e Roberto Gouveia voou nas costas da defesa axadrezada para inaugurar o marcador.

Os instantes iniciais da segunda parte mostraram um jogo partido, mas rapidamente o caudal ofensivo do Boavista, que reforçou o ataque com Bozenik e Martim Tavares, passando do 3x4x3 para 4x4x2.

A dupla de ataque foi-se aproximando cada vez mais da baliza insular, servidos numa primeira instância por Salvador Agra e, mais tarde, por Kenji Gorré, mas o guarda-redes Duarte Nuno mostrou ser um opositor de luxo, ao travar as sucessivas oportunidades, algumas das quais na pequena área.

A aposta nos corredores, por Gorré, Malheiro e Bruno Lourenço causou alguns calafrios, ainda assim insuficiente perante a resistência caseira, que susteve a respiração até ao último segundo, em que chegou o apito final de André Narciso e a explosão de alegria agitou o recinto de Machico.

Cânticos, palmas, saltos, gritos e até lágrimas juntaram adeptos e jogadores, perante o desânimo das panteras, que, pela segunda época consecutiva, caem 'com estrondo' na terceira eliminatória da prova rainha do futebol português.

Patrocinados