Serpa diz adeus à Taça: «A experiência fica na história do clube»

15 out 2022, 18:14
João Daniel Rico, treinador do Serpa

Taça: Serpa-Gil Vicente, 0-3 (reportagem)

Por: Nuno Lima, em Serpa

Declarações do treinador do Serpa, João Daniel Rico, no relvado do Complexo Desportivo Manuel Baião, após a derrota por 3-0 ante o Gil Vicente, em jogo da terceira eliminatória da Taça de Portugal:

«Entrámos com uma toada e um processo pensado: tentar fechar alguns espaços e tentar ao máximo retardar o golo do Gil Vicente e sempre tendo em atenção a velocidade de alguns jogadores que tínhamos na frente para poder sair em transições. Aos 15 minutos, na primeira situação que o Gil Vicente tem de perigo, acaba por fazer um golo, um golo que é um autogolo nosso e a partir daí as coisas dificultaram-se um bocadinho mais. Sabíamos que já era difícil com 0-0, quando sofremos o 1-0 mais difícil se tornou. Com 1-0 estamos sempre dentro do jogo, depois quando sofremos o segundo golo, aí sim notei a equipa a baixar um pouco a cabeça e com maior dificuldade de reação.»

«Até ao intervalo ainda segurámos o 2-0, sabemos que num jogo em casa, se tivéssemos feito golo, podia também puxar aqui, incendiar aqui um bocadinho o estádio e isso dar-nos alguma forma, alguma alma. Não fomos capazes, apesar de na segunda parte termos estado bem melhor, principalmente na fase final do jogo. Tivemos melhor processo, mais capacidade de ter a bola, que tinha sido importante e eu tinha dito à equipa que tínhamos de ter coragem para ter bola desde o início do jogo, porque senão íamos passar 90 minutos a defender e, mais cedo ou mais tarde, contra estes adversários, uma bola acaba por entrar. Na primeira parte não o fizemos, as nossas saídas foram essencialmente lançamentos longos e com pouco processo. Estivemos mais preocupados em não sofrer e na organização defensiva do que em soltarmo-nos.»

«Com o resultado já feito, o 3-0, aí sim começámos a soltar-nos, tivemos mais bola, coragem, arriscámos um pouco mais, teria ficado bem termos feito pelo menos um golo. Não foi possível estar dentro do jogo até final, mas creio que os jogadores deram tudo. Infelizmente, e quando nós, contra estas equipas, piscamos um olho, eles já encontraram espaço, já colocaram o último passe, já fizeram golo. Foi difícil, mas a experiência fica na história do clube, da cidade, dos jogadores, desta equipa técnica.»

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