Famalicão avança na Taça de Portugal com triunfo convincente
A festa da Taça de Portugal veio até ao terreno do São João de Ver, emblema que milita na Liga 3 e que recebeu o primodivisionário Famalicão. 0-3 foi o resultado final, favorável ao emblema famalicense, que triunfou convincentemente num encontro bastante rasgadinho e que foi desbloqueado nos primeiros minutos do segundo tempo.
O emblema caseiro, comandado por Pedro Lomba, apresentou-se em campo alternando esquematicamente entre o 4x3x3, o 5x2x3 e também o 4x2x3x1. Já os famalicenses, com Hugo Oliveira como o seu timoneiro, manteve o seu habitual 4x2x3x1.
Ter a Fama sem ter o proveito
A primeira parte deste encontro foi bastante rasgadinha, com muita luta e agressividade, no sentido positivo, de ambas as equipas. Com as bancadas bem compostas, inclusive no setor visitante, o público assistiu a um belo jogo. Sentia-se uma ligeira superioridade do Famalicão, que conseguiu somar mais aproximações à baliza adversária (ainda que isso não se traduzisse em tentativas de finalização). O São João de Ver foi-se mostrando sólido defensivamente e procurava partir para o ataque sempre que possível.
Coincidentemente, em ambas as equipas, a faixa direita do ataque foi aquela que esteve mais ativa, com combinações constantes e perigosas (Joel Monteiro e Léo Cá pelo São João Ver, Gustavo Garcia e Sorriso pelo Famalicão). Ao intervalo, o nulo no marcador era justo, pela combatividade que ambas as equipas imprimiram dentro de campo, fechando os caminhos para o golo.
Trocas ao intervalo surtiram efeito imediato
Ao intervalo, Hugo Oliveira promoveu a entrada de Van de Looi em campo, opção que se revelou acertada logo ao primeiro minuto. O médio neerlandês esteve ligado ao lance do 0-1, no qual Joujou cruzou para a zona de Sorriso, que colocou a bola ao fundo das redes. Poucos minutos depois, num lance em tudo semelhante ao do primeiro golo, o Famalicão dilatou a sua vantagem: o ataque, pela faixa direita, teve novamente o envolvimento de Van de Looi e foi concluído por Mathias de Amorim, que só teve de encostar.
Estes dois golos, marcados num curto período de tempo, feriram as ambições dos malapeiros, que sentiram, daí em diante, dificuldades em regressar ao fio de jogo revelado no primeiro tempo. Do momento do 0-2 em diante, o encontro foi sofrendo sucessivas paragens, quer pelas substituições, quer por faltas efetuadas a meio campo. Num desses lances, o capitão dos caseiros, Diogo Monteiro, viu o segundo amarelo e foi expulso. Nota final para o golo de Rochinha, ao minuto 78, em que o extremo aproveitou uma segunda bola para colocar a bola no fundo da baliza.
FIGURA: Tom Van de Looi
Num encontro com vários atletas, de ambas as equipas, a registarem uma boa performance, o principal destaque vai para Tom Van de Looi. O médio neerlandês entrou em campo ao intervalo e registou um impacto imediato, tendo estado ligado à construção dos primeiros dois golos do Famalicão, os quais desbloquearam o encontro.
MOMENTO: Os dois primeiros golos do Famalicão
Depois de um primeiro tempo em que ambas as equipas lutaram bastante, tendo-se «anulado» ofensivamente, os dois primeiros golos famalicenses surgiram nos primeiros dez minutos do segundo tempo, desbloqueando a partida.
POSITIVO: O ambiente nas bancadas
O principal encanto desta festa da Taça de Portugal é o ambiente das bancadas, especialmente em encontros como este, que envolvem uma equipa da Primeira Liga e outra de divisões inferiores (neste caso, Liga 3). Até ao esmorecimento, fruto dos dois golos sofridos num curto período de tempo, a bancada dos adeptos do São João de Ver faziam-se ouvirem em alto e bom som. Daí em diante, foi a bancada visitante, com uma boa mancha de adeptos famalicenses, quem afinou as gargantas.