Taça: Amora-Estoril, 2-3 (crónica)

Rafael Vaz , Complexo Municipal de Atletismo Carla Sacramento, Amora
14 out 2022, 23:06

João Carvalho dá a mão à Taça canarinha

Ainda pairou no ar a possibilidade de um tomba gigantes, mas o génio de João Carvalho apareceu para o resgate e o Estoril fez a sua parte e venceu no terreno do Amora (3-2), em jogo da terceira eliminatória da Taça de Portugal.

E essa a possibilidade, diga-se, não pairou no ar por acaso. O Estoril tem sido uma das boas equipas da Liga esta época, o Amora ocupa o meio da tabela da Série B da Liga 3. Mas em campo, essa diferença que vinha escrita no papel não se notou muito.

Amora sai na frente

No banco, Nélson Veríssimo ia tentando puxar pela equipa, mas os canarinhos, porventura numa noite menos inspirada, não conseguiam esconder as dificuldades para desmontar uma organizada linha defensiva do Amora.

E a equipa da Margem Sul não só soube ser audaz no momento sem bola, como feriu o clube da Linha numa das primeiras oportunidades que teve, como que a premiar a entrada mais sólida dos homens de João Pereira.

E coube a Pedro Vieira, num desvio de primeira dentro da área, a dar asas ao sonho do Amora.

Ora, seria de esperar que o golo despertasse o conjunto de Veríssimo, mais forte na teoria e com uma responsabilidade maior na partida. Mas não foi nada disso que aconteceu. Com duas incursões rápidas no ataque, o Amora ficou perto de um 2-0 que podia complicar, e muito, as contas estorilistas.

Génio de João Carvalho para o resgate

A segunda parte trouxe um Estoril diferente e, por consequência, um jogo diferente.

Depois de uns primeiros minutos confusos de parte a parte, com muitas perdas de bola de parte a parte, foi o génio de João Carvalho a colocar água na fervura e a resgatar o Estoril na partida. Com um toque de classe, o médio formado no Benfica fez um chapéu ao guardião adversário e empatou o encontro, aos 57 minutos.

Jogo desbloqueado, até porque seis minutos depois, Tiago Santos quis mais do que toda a gente e pôs Leá-Siliki na cara do golo. O médio fez o mais fácil, encostar para a baliza.

Ainda antes da metade da segunda parte, a história do encontro já era diferente, mas ainda não estava fechada. O Estoril não aproveitou o espaço que um Amora, naturalmente mais virado para o ataque à procura do golo, concedeu, pelos menos numa primeira fase, e deixou a equipa da casa ligada ao encontro.

Até que ao minuto 83, com todo o espaço do mundo, Tiago Araújo apareceu na área para assistir Erison com toda a calma do mundo. 3-1 no resultado, Amora ao chão. Sim? Não.

O último fôlego do Amora

O clube da casa não desistiu e ainda viu as suas intenções ganharam mais força aos 90+2 minutos, quando Vital deixou o Estoril reduzido a dez unidades.

Ainda assim, o Amora não conseguiu inverter o rumo dos acontecimentos, embora tenha tido o último fôlego do jogo: o golo de Tiago Duque, em cima do apito final, que deixou o resultado na margem mínima.

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FICHA DE JOGO

Complexo Municipal de Atletismo Carla Sacramento, Amora

Árbitro: António Nobre

Assistentes: Pedro Ribeiro e José Luzia

4.º árbitro: João Mendes

AMORA: Luís Ribeiro, Pedro Vieira, Daniel Murilo (Joca, 64m), Tiago Duque, Elmando Djini e David Dinamite; Jefferson Santos (Tiago Rodrigues, 88m), Caleb (Rhuan, 88m), Diogo Martins, Denis Rodríguez e Paulo Marcelo.

ESTORIL: Pedro Silva, Tiago Santos, Vital, Lucas Áfrico e Tiago Araújo; Ndiaye (Serginho, 68m), João Carvalho e Leo Siliki (Francisco Geraldes, 84m); Yusuf (Rosier, 68m), Erison (Benchimol, 84m) e Rodrigo Martins (Shaquil Delos, 84m).

Ao intervalo: 1-0

Marcadores: Pedro Vieira (14m), João Carvalho (57m), Léa-Siliki (65m), Erison (83m) e Tiago Duque (90+5m).

Disciplina: cartão amarelo a Luís Ribeiro (39m), Diogo Martins (42m), Paulo Marcelo (44m), Tiago Araújo (52m), Léa-Siliki (65m), Pedro Silva (81m) e Tiago Duque (85m); cartão vermelho a Bernardo Vital (90+2m).

Resultado final: 2-3

O RESUMO DO JOGO:

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