Quem nasceu depois de 2008 não vai poder comprar tabaco na Nova Zelândia

9 dez 2021, 13:31
Fumar

Governo neozelandês introduz fortes restrições ao tabaco, que incluem ainda a redução da quantidade legal de nicotina e a diminuição dos locais onde os maços podem ser vendidos

A Nova Zelândia quer proibir a venda de tabaco à próxima geração, num esforço para acabar com o tabagismo no país. O país prepara-se para impedir que os neozelandeses nascidos depois de 2008 nunca possam comprar tabaco de forma legal. A lei deve ser promulgada no próximo ano, no seguimento de um conjunto de novas políticas que incluem o aumento todos os anos do limite da idade legal para comprar tabaco.

Estas decisões fazem parte de um duro combate ao tabagismo anunciado esta quinta-feira pelo Ministério da Saúde da Nova Zelândia. Segundo a ministra da Saúde do país, Ayesha Verall, o objetivo passa por reduzir a taxa nacional de fumadores para 5% até 2025 e depois eliminá-la por completo.

"Queremos garantir que os jovens nunca comecem a fumar", afirma Ayesha Verall, citada pela BBC.

De acordo com a ministra, o tabaco provoca um em cada quatro cancros e é uma das principais causas de morte evitável entre a população da Nova Zelândia. Atualmente, 13% dos adultos neozelandeses fumam, com uma taxa muito mais alta entre a população indígena Maori, onde chega a quase um terço.

A idade legal para se fumar na Nova Zelândia está atualmente nos 18 anos, mas vai sofrer um aumento de um ano todos os anos. Ou seja, as pessoas que completam 14 anos em 2023, altura em que a lei deve entrar em vigor, vão ser sempre um ano mais novas do que o limite legal.

Paralelamente, o governo neozelandês introduziu fortes restrições ao tabaco, nomeadamente a redução da quantidade legal de nicotina e diminuição dos locais onde os maços podem ser vendidos. O plano passa mesmo por retirá-los dos supermercados e quiosques de rua e o número de lojas autorizadas a vender cigarros será drasticamente reduzido de cerca de 8.000 para menos de 500.

As novas medidas não incluem os cigarros eletrónicos, que se são vistos como menos prejudiciais.

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