Senado confirma Ketanji Brown Jackson, a primeira juíza negra no Supremo Tribunal dos EUA

Agência Lusa , BMA
7 abr 2022, 20:57
Ketanji Brown Jackson, a primeira juíza negra no Supremo Tribunal dos EUA ao lado do presidente dos EUA, Joe Biden (Getty Images)

Jackson foi nomeada por Joe Biden, que prometeu durante a campanha eleitoral de 2020 que se ganhasse nomearia uma mulher afro-americana para o Supremo, que nunca teve nenhuma nos seus 232 anos de história

A juíza Ketanji Brown Jackson foi esta quinta-feira confirmada pelo Senado como magistrada do Supremo Tribunal de Justiça dos Estados Unidos da América (EUA), a primeira mulher negra a ocupar um cargo na mais alta instância judicial do país.

Ketanji Brown Jackson foi confirmada numa votação histórica com 53 votos a favor e 47 contra no Senado norte-americano, um resultado que foi aplaudido de pé por grande parte dos membros da câmara alta do Congresso norte-americano.

Antes da votação final de confirmação de Ketanji Brown Jackson, o líder da maioria no Senado, o democrata Chuck Schumer, elogiou a natureza histórica da votação e o impacto que terá no país.

"Este é um dia maravilhoso, um dia alegre e um dia inspirador, para o Senado, para o Supremo Tribunal e para os Estados Unidos da América. Hoje estamos aqui para votar para confirmar a juíza Ketanji Brown Jackson como a 116.ª juíza do Supremo Tribunal dos Estados Unidos", disse Schumer antes da contagem dos votos.

Vários especialistas jurídicos têm elogiado a carreira da juíza, com um grupo de advogados de alto escalão a dizer que a magistrada tem uma reputação "excelente", competência "excecional" e que está bem qualificada para se sentar no Supremo dos EUA.

Jackson foi nomeada pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, que prometeu durante a campanha eleitoral de 2020 que se ganhasse nomearia uma mulher afro-americana para o Supremo, que nunca teve nenhuma nos seus 232 anos de história.

Apesar da confirmação, Ketanji Brown Jackson só tomará posse quando o juiz Stephen Breyer se aposentar, o que deverá acontecer entre junho e julho deste ano.

O Supremo Tribunal, a mais alta instância judicial norte-americana e o terceiro ramo do poder nos Estados Unidos, é chamado a decidir sobre dossiês ideologicamente muito sensíveis, como o aborto, a pena de morte, o casamento homossexual ou porte de armas de fogo.

Biden celebra a ascensão "histórica" ​​da primeira afro-americana ao Supremo

Para o presidente norte-americano, Joe Biden, este é um "momento histórico" e um passo fundamental para a "diversidade". “A confirmação da juíza Jackson é um momento histórico na nossa nação”, escreveu Joe Biden, na rede social Twitter .

“Demos mais um passo para fazer com que a nossa mais alta instância judicial reflita a diversidade da América. Ela será uma incrível juíza do Supremo e foi uma honra compartilhar este momento com ela”, acrescentou.

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