Mulher atacou, aparentemente ao acaso, duas pessoas numa área comercial da cidade suíça de Lugano. Crime ocorreu em novembro de 2020
A justiça Suíça condenou hoje a nove anos de prisão uma mulher acusada de ligações ao grupo radical Estado Islâmico e de tentativa de homicídio, pelo esfaqueamento de duas mulheres numa área comercial.
A mulher, com dupla nacionalidade suíça-italiana, foi julgada e condenada pelo tribunal criminal federal da Suíça.
A agressora, cujo nome e idade não foi revelado, havendo apenas a indicação de que tem perto de 30 anos, também foi condenada pela "prática ilegal de prostituição", anunciou o tribunal de Bellinzona. A prostituição regulamentada é permitida na Suíça.
O veredicto segue-se a um julgamento de quatro dias no final de agosto e início de setembro, depois do ataque que ocorreu a 24 de novembro de 2020, numa área comercial da cidade suíça de Lugano.
A suspeita foi rapidamente detida e as duas mulheres que foram atacadas — aparentemente ao acaso — sobreviveram.
Na sua decisão, o tribunal disse que a agressora tinha usado uma faca para tentar decapitar as vítimas "enquanto elogiava o ISIS" — um acrónimo do grupo radical Estado Islâmico — num ataque premeditado.
"Para o tribunal, a arguida agiu com total ausência de escrúpulos, motivo e objetivo particularmente odiosos, e não deu sinais de querer arrepender-se ou apresentar sérias desculpas, quer durante a investigação, quer durante o processo judicial", refere a instância judicial em comunicado.
Este ataque foi um raro caso de violência ligado ao extremismo islâmico radical na Suíça, poupada à onda de violência que atingiu outros países da Europa e de todo o mundo nas últimas duas décadas.