Pelo menos 459 pessoas morreram e mais de quatro mil ficaram feridas
Um barco com 1.687 civis, de mais de 50 países, em fuga dos combates no Sudão chegou esta quarta-feira à Arábia Saudita, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros saudita.
Todos foram "transportados por um dos navios do Reino, e o Reino fez questão de satisfazer todas as necessidades básicas dos cidadãos estrangeiros", declarou o Ministério saudita, em comunicado.
Treze dos civis agora chegados eram sauditas, enquanto os restantes são oriundos de países do Médio Oriente, África, Europa, Ásia, América do Norte e América Central, de acordo com a mesma nota.
O Sudão é palco desde 15 de abril de combates entre as forças do chefe do exército e governante de facto do Sudão desde o golpe de 2021, o general Abdel Fattah al-Burhane, e o "número dois" e chefe das forças paramilitares de apoio rápido (RSF, na sigla em inglês), Mohamed Hamdane Daglo.
Pelo menos 459 pessoas morreram e mais de quatro mil ficaram feridas, de acordo com a ONU.
Um cessar-fogo de três dias entre as partes beligerantes, mediado pelos Estados Unidos, trouxe alguma calma a Cartum, mas testemunhas relataram já o regresso dos ataques aéreos e combates.
A Arábia Saudita organizou várias operações de retirada por via aérea e marítima. Também no sábado, 150 pessoas chegaram de barco à cidade portuária saudita de Jeddah.
Na segunda-feira, um avião militar C-130 Hércules levou dezenas de civis sul-coreanos para uma base aérea em Jeddah, enquanto um barco transportou cerca de 200 pessoas de 14 países através do mar Vermelho, a partir de Porto Sudão.
Até ao momento, 2.148 pessoas foram retiradas do Sudão para a Arábia Saudita, incluindo mais de 2.000 estrangeiros, referiu o comunicado.