Sub-21: Liechtenstein-Portugal, 0-9 (crónica)

7 jun 2022, 21:54
Seleção sub-21

Novo onze, a mesma qualidade

A Seleção Nacional de sub-21 foi passear a Vaduz e, já com a qualificação no bolso, goleou o Liechtenstein por 9-0, passando a contar com o melhor ataque da fase de qualificação, com 39 golos, e também com a melhor defesa, a par da França, com apenas dois consentidos. Rui Jorge revolucionou o onze, mas a equipa respondeu com o mesmo selo de qualidade, com Fábio Silva a marcar um hat-trick, Vitinha a bisar e o estreante Vasco Sousa a entrar muito bem no jogo depois da lesão de Francisco Conceição.

Portugal festejou a qualificação para a fase final, na véspera, em pleno treino, face à derrota da Grécia diante do Chipre. Já com o primeiro ligar assegurado, Rui Jorge mudou dez jogadores, deixando apenas Rafael Rodrigues na defesa do flanco esquerdo, abrindo espaço para as estreias do guarda-redes Gonçalo Tabuaço, bem como de Rodrigo Conceição que teve a oportunidade de jogar no mesmo corredor do que o irmão Francisco.

Portugal entrou, assim, totalmente descontraído em campo e, tendo em conta a goleada sobre este mesmo adversário, em Vizela, por 11-0, a curiosidade era apenas quanto tempo demoraria o primeiro golo a chegar. Foi pouco mais de dois minutos. Foi o tempo necessário para a equipa instalar-se no meio-campo contrário, avaliar o posicionamento do adversário e desferir-lhe o primeiro golpe, neste caso na marcação de um canto. David da Costa cruzou da esquerda, Gasner ainda desviou ao primeiro poste, mas Fábio Silva finalizou à vontade no segundo.

Estava aberto o caminho, com Francisco Conceição, endiabrado, a provocar o caos sobre a direita. Os minutos que se seguiram foram quase todos do jogador do FC Porto, que inclinou o jogo totalmente para a direita, assumindo total protagonismo, com Vitinha a descansar no lado contrário. Depois de duas, três, quatro oportunidades para marcar, Francisco Conceição caiu estatelado no relvado. Depois de um toque de um adversário, Francisco ainda tentou continua em campo, mas teve mesmo de sair e abrir espaço para mais uma estreia, com Vasco Sousa, o único que ainda não tinha minutos neste grupo, a ser chamado à contenda.

Sem Francisco Conceição, Portugal alargou o ataque, com Vasco Sousa a entrar muito bem no jogo e Vitinha, discreto até aqui, também a começar a aparecer. O segundo golo, aos 27 minutos, foi quase idêntico, com mais um canto de David da Costa, desta vez da esquerda, desvio de Quaresma junto ao primeiro poste e nova finalização fácil de Fábio Silva. Muito fácil diante de um adversário que não conseguia fazer mais de dois ou três passes consecutivos e que apresentava uma defesa à zona muito rígida, facilmente desmontável pelos portugueses.

O jogo seguiu, assim, de sentido único, com oportunidades atrás de oportunidades, com o marcador a voltar a disparar nos últimos instantes da primeira parte. Paulo Bernardo, com assistência de Vasco Sousa, fez o terceiro e, logo a seguir, com Vitinha, agora mais em jogo, a marcar de cabeça, depois de um primeiro desvio de Fábio Silva. Quatro golos em ritmo de passeio a prometer uma segunda parte com muitos mais golos.

Entra a artilharia pesada e o marcador dispara

Portugal voltou a instalar-se no meio-campo do Liechtenstein e não foi preciso esperar muito para o quinto golo, com Fábio Silva a completar o hat-trick, com um remate acrobático, na sequência de um cruzamento bem-medido de Vasco Sousa, desta vez da direita.

Portugal não precisava de acelerar, bastava trocar a bola ao primeiro toque para baralhar por completo as marcações do rígido adversário. As oportunidades multiplicavam-se e o sexto golo chegou com naturalidade, com Vitinha a bisar a passe de Fábio Silva. Rui Jorge remodelou depois o meio-campo e o ataque, lançando a artilharia pesada para o relvado e, até final, mais três golos, com os suplentes Fábio Carvalho, Henrique Araújo e Gonçalo Ramos a dilatarem o resultado até aos 9-0.

Gonçalo Ramos, que já tinha marcado quatro golos no primeiro jogo com o Liechtenstein (11-0), fechou a contagem e já conta com onze golos marcados nesta fase de qualificação, mas curiosamente foi o estreante Gonçalo Buaço que arrancou mais aplausos ao longo do jogo. Nas duas ou três vezes em que o guarda-redes do Estrela tocou na bola foi intensamente aplaudido pelos muitos emigrantes presentes nas bancadas.

Ainda com um jogo por disputar, Portugal conta com quase 40 golos marcados, vinte deles ao Liechtenstein, com uma média superior a quatro golos por jogo.

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