Sub-21: Chipre-Portugal, 0-1 (crónica)

12 nov 2021, 17:55

Quarta vitória consecutiva com dedicatória para Rui Jorge

A Seleção Nacional de sub-21 foi a Larnaca bater o Chipre (1-0), mais uma vez pela vantagem mínima, prosseguindo uma qualificação imaculada para o Euro2023, com quatro vitórias consecutivas, com 14 golos marcados e nem um consentido. Com a equipa portuguesa «órfã» de Rui Jorge, houve espaço para momentos de brilhantismo de Vitinha, para a explosão de João Mário sobre o corredor e para um bom golo de Gonçalo Ramos.

Rui Jorge não esteve no banco, mas a verdade é que Portugal apresentou-se em campo com todas as peças bem arrumadas, apenas com Gonçalo Inácio a render o lesionado Tiago Djaló no eixo da defesa, e, como tinha anunciado o adjunto Romeu, com todos os jogadores com a lição bem estudada. Uma equipa que joga praticamente de olhos fechados, com um meio-campo a esbanjar qualidade, com Vitinha e André Almeida em excelente forma, com destaque para a inspiração do portista, e Fábio Vieira mais solto, no apoio aos dois avançados.

Um ataque que contou ainda, de forma sistemática, com o apoio dos laterais, com um João Mário explosivo, sempre a atacar a profundidade pela direita, mas também com Nuno Tavares a surgir muitas vezes pelo lado contrário. O jogo começou com um pontapé de canto para cada lado, com o estreante Gonçalo Inácio a ameaçar o golo, de cabeça, logo aos dois minutos, e o Chipre a responder na mesma moeda, logo a seguir, com Karamanolis a ganhar uma bola perdia e a obrigar Celon Biai à intervenção da tarde, com uma mancha ao jogador cipriota.

Ultrapassado este primeiro calafrio, Portugal assumiu as rédeas do jogo, com uma elevada posse de bola, esticando o jogo a toda a largura do terreno, à procura de desequilíbrios, conquistando terreno de forma sustentada, com constantes triangulações, que permitiam a progressão no terreno e o desnorte nas marcações do adversário.

Uma pressão crescente que acabou por resultar no primeiro golo, aos quinze minutos, com André Almeida a recuperar uma bola na zona central e a abrir na esquerda para Gonçalo Ramos que, com espaço, artilhou o pé para um remate em arco, sem hipóteses para Kittos.

Um golo de belo efeito que deixou a equipa cipriota totalmente baralhada nos momentos seguintes e Portugal teve oportunidades sucessivas para aumentar a vantagem, com Vitinha em especial plano de destaque no meio-campo, mas também para a versatilidade de Fábio Vieira, a surgir por todo o lado, e para as arrancadas de João Mário sobre o flanco.

O Chipre demorou a recompor-se, com um futebol previsível, a atacar quase sempre pela direita, mas Nuno Tavares, com grande serenidade, foi resolvendo os poucos problemas que o Chipre lhe foi colocando pela frente. Afinal de contas, era Portugal que tinha a bola e, até ao intervalo, as oportunidades foram todas portuguesas, com destaque para uma cabeçada de Fábio Vieira depois de mais uma arrancada de João Mário.

A segunda parte começou como a primeira, com uma oportunidade clara para cada lado. Primeiro para o Chipre, com mais um ataque pela direita a colocar mais uma vez Celton Biai à prova, mas logo a seguir, Fábio Silva, lançado por João Mário, teve uma oportunidade soberana para dilatar o magro resultado. Se Gonçalo Ramos esteve em evidência na primeira parte, agora era Fábio Silva que aparecia constantemente em velocidade na frente. O avançado do Wolverhampton contou com mais duas oportunidades flagrantes nos instantes seguintes, num duelo intenso com Kittos, antes de ser rendido pelo segundo estreante da tarde, Chiquinho.

O Chipre, com uma alteração ao intervalo, passou a apostar num jogo mais direito, obrigando os laterais portugueses a uma maior contenção, mas a verdade é que Portugal manteve um controlo quase absoluto sobre o jogo, com Vitinha a continuar a espalhar magia sobre o relvado, com destaque para uma arrancada em que deixou quatro adversários pelo caminho, antes de servir Fábio Vieira que rematou para mais uma defesa de Kittos. O guarda-redes cipriota já era, nesta altura, uma das figuras deste jogo.

Ionnis Okkas, o selecionador do Chipre, ainda tentou mudar o jogo, mudando mais de meia equipa, e até conseguiu equilibrar o jogo nos vinte minutos finais. Portugal quebrou o ritmo e a intensidade, mas controlou a curta vantagem, como aliás já tinha feito nos jogos com a Bielorrússia e Islândia, garantindo a quarta vitória consecutiva em outros tantos jogos, a terceira pela vantagem mínima, somando o máximo de doze pontos no Grupo D, antes de, na próxima terça-feira, voltar a defrontar o Chipre, no Estádio São Luís, em Faro.

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