Selecionador justificou a convocatória com o Mundial de Clubes de 2025
Depois do anúncio da convocatória para os jogos de preparação para o Campeonato de Europa, frente à Ucrânia e Eslováquia, Rui Jorge, selecionador nacional de sub-21, explicou a razão pela qual não constam jogadores do Benfica e FC Porto.
Quando perguntado pela ausência de Martim Fernandes, lateral atualmente titular pelos dragões, e Rodrigo Mora, que já havia sido convocado anteriormente, o selecionador confessou que o problema não está na qualidade dos atletas mas sim no facto de pertencerem a um clube que irá disputar o Mundial de Clubes nas datas do Campeonato de Europa de sub-21, tal como os atletas do Benfica.
«São jogadores claramente de plantel e de equipa sub-21, não é a qualidade que está em questão. Eventualmente ainda não repararam mas nós não temos jogadores do Benfica ou do FC Porto na lista. Já se falou na dificuldade que nos poderá causar o Mundial de Clubes, que é disputado na mesma altura que a fase final do Campeonato de Europa de sub-21 e, tendo como muito difícil perspectivar o que se vai passar nessa altura, nós partimos do princípio que não vamos poder contar com jogadores desses clubes. É um mau princípio», começou por dizer.
«Se for reversível, se não correr como nós esperamos, tudo bem, são jogadores de inegável qualidade e poderão estar connosco depois na fase final. Já quase todos estiveram connosco neste espaço. Não podendo ser possível, que é o que estamos a acautelar nesta fase, queremos tentar ver mais jogadores, mais soluções que nos permitam não repetir aquilo que nós sentimos nos jogos olímpicos, quando lá fomos», acrescentou ainda o técnico.
Depois, quando perguntado se tinha falado com os clubes sobre essa questão - a ausência de atletas dos mesmos na convocatória -, Rui Jorge admitiu que falou com elementos dos dois clubes mas que era impossível perceber o que vai acontecer daqui a sete meses, optando por tomar medidas mais cautelosas.
«Sim, falei com pessoas dos dois clubes e percebo que por muito mais que nos queiram ajudar nesta altura, é impossível perceber o que se vai passar daqui a sete ou oito meses. No futebol muda tudo muito rapidamente. Agora há o senso comum e o senso comum leva-nos a tomar esta decisão. A experiência leva-nos a tomar esta decisão. As regras que vamos lendo do que vai ser o Mundial de Clubes levam-nos a tomar esta decisão», concluiu.