Starliner da Boeing regressa à Terra sem astronautas levados para o espaço

Agência Lusa , DCT
7 set, 08:21
Cápsula Starliner da Boeing (NASA via AP)

Os dois astronautas, que só regressam à Terra no próximo ano, vão permanecer no espaço durante mais de oito meses, enquanto estavam inicialmente programados para realizar uma missão de oito dias

A cápsula Starliner da Boeing regressou esta sábado à Terra sem os astronautas que levou para a Estação Espacial Internacional (ISS), depois de a NASA decidir que o risco era elevado.

A cápsula aterrou sem problemas na base espacial de White Sands, no Novo México, sudoeste dos Estados Unidos, por volta das 04:01 TMG (05:01 em Lisboa).

A Starliner deixou a ISS seis horas antes para iniciar o regresso à Terra, sem os dois astronautas que tinha levado, devido a preocupações com a segurança do dispositivo.

A reputação da gigante aeronáutica norte-americana – já abalada por numerosos problemas recentes com aviões comerciais – sofreu mais um golpe em junho, quando foram detetadas falhas no propulsor e fugas de hélio na cápsula no momento do voo tripulado inaugural.

Apesar das tentativas do fabricante para convencer a NASA da segurança do dispositivo, a agência espacial anunciou o regresso de Butch Wilmore e Suni Williams através da concorrente da Boeing, a SpaceX, e da sua cápsula Crew Dragon.

Os dois astronautas, que só regressam à Terra no próximo ano, vão permanecer no espaço durante mais de oito meses, enquanto estavam inicialmente programados para realizar uma missão de oito dias.

O responsável pelo programa de voos espaciais humanos comerciais da NASA, Steve Stich, disse aos jornalistas esta semana que, apesar da certeza da Boeing sobre as suas projeções, a agência espacial “não se sentia confortável” em avançar com a Starliner “devido à incerteza”.

Há dez anos, a NASA encomendou uma nova nave espacial à Boeing e à SpaceX para transportar os astronautas para a ISS. A empresa de Elon Musk venceu em grande parte à Boeing e tem desempenhado sozinha o papel de ‘táxi espacial’ nos últimos quatro anos.

Relacionados

Futuro

Mais Futuro

Patrocinados