Presidente do Sri Lanka apresentou oficialmente a demissão

Agência Lusa , AM - notícia atualizada às 9:27
15 jul 2022, 06:28
Gotabaya Rajapaksa (Associated Press)

Processo de substituição de Gotabaya Rajapaksa deverá estar concluído numa semana

O líder do parlamento do Sri Lanka anunciou esta sexta-feira que o presidente, Gotabaya Rajapaksa, apresentou oficialmente a sua demissão na quinta-feira e que o processo de substituição deverá estar concluído numa semana.

Mahinda Yapa Abeyweardana informou que o parlamento vai dar início ao processo de eleição de um novo Presidente no sábado, o que deverá estar concluído no prazo de sete dias, acrescentou.

Rajapaksa fugiu do país na quarta-feira, num momento de protestos crescentes para que se demitisse por causa de uma crise económica.

Os manifestantes, que tinham ocupado edifícios governamentais, voltaram a casa na quinta-feira, restaurando alguma calma nas ruas.

Os manifestantes acusam Rajapaksa e a sua poderosa família política de desviar dinheiro dos cofres do Governo durante anos e a sua administração de apressar o colapso do país através de uma má gestão da economia.

A família negou as alegações de corrupção, mas Rajapaksa reconheceu que algumas das suas políticas contribuíram para a crise vivida no país.

Primeiro-ministro nomeado chefe de Estado interino

O primeiro-ministro do Sri Lanka, Ranil Wickremesinghe, tomou posse, esta sexta-feira, como chefe de Estado interino substituindo Gotabaya Rajapaksa que fugiu para o exílio, anunciou o gabinete do Executivo de Colombo.

Tal como prevê a Constituição do Sri Lanka, Wickremesinghe prestou juramento perante o presidente do Supremo Tribunal Jayantha Jayasuriya, refere a nota do gabinete do primeiro-ministro.

O Parlamento do Sri Lanka vai eleger no próximo dia 20 um deputado para o cargo de chefe de Estado e que deve manter-se em funções até ao final do atual mandato (novembro de 2024).

As candidaturas para o cargo de presidente devem ser dirigidas ao Parlamento no dia 19 de julho sendo que os deputados vão proceder à votação no dia seguinte.

Meses de protestos atingiram o ponto mais alto no fim de semana, quando manifestantes ocuparam o palácio presidencial, bem como a residência oficial do primeiro-ministro, Ranil Wickremesinghe. Na quarta-feira, cercaram o gabinete de Wickremesinghe.

Os manifestantes inicialmente juraram manter-se nesses locais até que um novo Governo estivesse em funções, mas o movimento mudou de tática na quinta-feira, aparentemente preocupado com o facto de qualquer escalada de violência poder minar a sua mensagem, após os confrontos da noite anterior fora do parlamento, que resultaram em dezenas de feridos.

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