Gyökeres: «Até me chamaram gordo quando cheguei à pré-época...»

21 mai, 22:57
Liga: Sporting-V. Guimarães (LUSA)

Sueco fala da saída de Amorim, da luta pela Bota de Ouro e não fecha a porta à saída do Sporting

Viktor Gyökeres recordou a operação ao joelho que fez ainda antes do começo da temporada e revelou como lidou com os comentários de quem dizia que não iria ter um rendimento tão bom como na época de estreia em Portugal.

«Há sempre essas conversas. Acho que até me chamaram gordo quando cheguei à primeira pré-época. Há sempre isso. Só tenho de me afirmar para dar boas manchetes», disse o avançado do Sporting, em entrevista à SIC.

O internacional sueco reconheceu que os defesas do campeonato português «não são meigos» assim que o apanham pela frente, revelou que a emoção que sentiu quando fez o 2-0 diante do Vitória de Guimarães se deveu à iminência de conquistar o bicampeonato e assumiu que foi «difícil» lidar com as lesões no plantel e a saída de Ruben Amorim.

«Era algo que nós, enquanto jogadores, não queríamos. Obviamente, estávamos a voar e a ganhar os jogos todos. Claro que foi um momento triste, mas compreendemos perfeitamente a decisão dele. Não houve ressentimentos. Falámos com ele, entre os jogadores também. Foi tudo muito claro e não houve ressentimentos», vincou.

Gyökeres confessou ainda que foi difícil para João Pereira chegar «a uma equipa onde estava tudo bem».

«É difícil manter o nível durante um período tão longo. Mudar de treinador quando tudo está a funcionar não é fácil. Infelizmente, tivemos alguns jogos difíceis nessa altura. Penso que não jogámos bem. Pode ter sido algo a nível mental, claro. Mas também pode ter sido um desses períodos difíceis», observou, antes de explicar o que aconteceu de diferente com Rui Borges.

«Estávamos um pouco mais experientes nas mudanças de treinador e talvez tenha sido um pouco mais fácil aceitar a mudança e adaptarmo-nos ao estilo de jogo que ele queria. Depois, claro, tivemos um jogo muito importante logo a seguir [com o Benfica]. Acho que estávamos prontos para provar que éramos melhores do que mostrámos nos jogos anteriores. Foi ótimo arrancar assim», contou.

O avançado sueco recordou que, na semana do jogo no Estádio da Luz, «dava para sentir que estava a chegar um jogo grande».

«Estávamos entusiasmados com o jogo. Fomos lá e conseguimos um ponto bom. Talvez não tenhamos jogado tão bem como queríamos, mas defrontámos uma equipa muito boa. Não é fácil controlar os jogos todos durante 90 minutos como queremos. Conseguimos um ponto e, no jogo seguinte, conquistámos o título», disse o goleador dos leões, que espera um jogo «parecido» na final da Taça de Portugal.

Quanto à luta pela Bota de Ouro, Gyökeres ainda está na frente, mas não pensa muito nisso.

«Claro que há quem fale disso à minha volta, mas neste momento não está nas minhas mãos. Tento não pensar nisso. Penso que é justo dizer que o vencedor será sempre aquele que tiver o melhor desempenho. Pontos dos golos? Entendo isso, tem sido sempre assim. Claro que se pudesse mudar as regras mudaria, mas não está nas minhas mãos», lamentou.

Sobre o futuro, o sueco não fechou a porta à saída e apenas prometeu «continuar a melhorar e a marcar golos».

«Vamos ver. É o futuro. O futebol também é assim. Nunca se sabe o que vai acontecer. Como se viu esta época, nunca se sabe. É a mesma coisa agora, veremos no futuro», concluiu.

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