Sá Pinto começa o dia aos tiros e acaba a andar de patins em linha com Pedro Barbosa

7 nov 2022, 08:02

A Máquina do Tempo viaja hoje até setembro de 1995, quando Sá Pinto começava a brilhar no Sporting e até era convidado para casamentos reais.

Em 1995 o mundo mudou: foi criado o Espaço Schengen, nasceu a Playstation e a Microsoft lançou o revolucionário Windows 95. Neste clima de profundas transformações, Ricardo Sá Pinto tornou-se uma figura de destaque. Ele foi, por exemplo, o único desportista convidado para o casamento de sua Alteza Real o Duque de Bragança Dom Duarte Pio.

Um pormenor na vida de um jogador de sangue azul e com gostos... curiosos. No início da segunda época no Sporting, aos 22 anos, Sá Pinto gostava por exemplo de disparar armas.

Uma paixão que, confessou numa reportagem da TVI, lhe foi passada pelos tios, todos eles caçadores, à boa maneira da da nobreza europeia (ou pelo menos do que resta dela).

Ora Sá Pinto, que na época anterior tinha feito um golo de calcanhar que impressionara até o Duque de Bragança - que por razões que escapam à própria razão tinha ido a Alvalade ver o jogo com o V. Guimarães -, ora Sá Pinto, dizia-se, tinha um certo jeito no tiro desportivo: pelo menos para a televisão acertou nos pratos que instantaneamente se desfizeram em pedaços.

Curiosamente quem esteve quase a desfazer-se em pedaços foram os jogadores do Sporting.

Mais tarde nesse dia, e ainda a propósito da mesma reportagem, Sá Pinto juntou os jogadores do Sporting na Doca de Santo Amaro, ali por debaixo da Ponte 25 de Abril, para uma tarde de desportos radicais. E a coisa não correu propriamente bem.

Jogadores como o próprio Sá Pinto, claro, mas também Pedro Barbosa, Dani, Dominguez, Pedro Martins, Luís Vasco, Paulo Alves ou Nuno Valente mergulharam (literalmente) na paixão do asfalto e experimentaram os patins em linha.

Sobretudo Dominguez, mas também Dani, Sá Pinto ou o guarda-redes Luís Vasco, tiveram mais queda do que seria suposto para a modalidade, o que levou a própria jornalista da TVI a aconselhá-los a dedicarem-se ao futebol.

Mas fica também uma evidência: em setembro de 1995 era possível os jogadores pegar em armas, andar de patins em linha e darem grandes quedas no asfalto sem violarem o regulamento interno do clube, sem terem um processo disciplinar e sem serem castigados.

Parece que foi noutra vida, de facto.

«Máquina do tempo» é uma rubrica do Maisfutebol que viaja ao passado, através do arquivo da TVI, para recuperar histórias curiosas ou marcantes dos últimos 30 anos do futebol português.

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