Ruben Amorim: «O Arsenal respeitou-nos sempre muito»

16 mar 2023, 23:34
Arsenal-Sporting (Vince Mignott/EPA)

Treinador do Sporting destaca a «forma personalizada» como os leões se apresentaram no Emirates

Ruben Amorim, treinador do Sporting, em declarações na flash interview da SIC Notícias após o apuramento para os oitavos de final da Liga Europa, com uma vitória nos penáltis em casa do Arsenal:

«[Sentimento de orgulho?] A vitória e os resultados é que ditam tudo, mas a forma como jogaram, como enfrentaram o jogo, como sofreram o primeiro golo quando não merecíamos, a forma personalizada como aguentámos o jogo, a dificuldade no fim, o prolongamento foi difícil para nós, mas o Arsenal respeitou-nos sempre muito. Foi um jogo um pouco dividido, fomos felizes nos penáltis, mas fizemos por merecer.

[Onde estava este Sporting?] As coisas levam tempo, há muito jogadores novos, precisamos de tempo. Poderíamos ter feito melhor com a entrada de alguns jogadores porque já temos uma pequena base, vem tudo da mentalidade, da concentração e da intensidade que fomos aumentado durante a época. Faz parte do processo. Estamos a melhorar com o tempo. O que temos de fazer é não nos distrairmos com estes resultados e continuarmos porque ainda temo muito por fazer.

[Primeira substituição tardia significa o quê?] O jogo estava a correr tão bem, estávamos bem, os jogadores aparentavam estar bem fisicamente e, às vezes, as mexidas não têm a ver com o talento, porque pelo talento os jogadores que estavam no banco podiam ser titulares. Pensei que, mexendo em alguma peça, poderia alterar isso, na segunda parte fomos mais fortes do que o Arsenal e não queria parar esse momento da equipa.

[Arsenal terminou o jogo com as principais figuras em campo. É o maior elogio que podiam dar?] Não há um único jogo que não tenha atuado nesta eliminatória, até o guarda-redes que costuma ser titular e não é utilizado na Liga Europa foi utilizado, mas isso não interessa. Independentemente dos jogadores, o Arsenal seria sempre forte. Fomos uns justos vencedores. Obviamente que, principalmente em nossa casa, teve mais o controlo do jogo, mas soubemos lidar bem com os dois jogos da eliminatória.

[Injeção anímica para o que falta do resto da temporada?] Sim. Como disse antes do jogo, não mudava nada em relação ao nosso projheto e ao caminho que temos de seguir, mas faz com os jogadores acreditem no que estamos a fazer, ajuda-nos numa época muito difícil. Temos de recuperar os jogadores, trabalhar bem nesta paragem porque o jogo com o Gil Vicente foi adiado, os jogadores que vão para a seleção têm de se preparar bem e esquecer. Amanhã, arrumar completamente esta vitória, porque não serve de nada se não a utilizarmos em nosso proveito e para relançarmos a época.

[Exibições de Adán, Pote e Diomande] Todos superaram [as expectativas], mesmo o Dário [Essugo], que vem de lesão e na primeira jogada fez um mau passe e o jogador do Arsenal ficou isolado, logo a seguir recuperou muito bem. Isso são sinais de que os jogadores e os jovens estão a crescer. O Adán foi o normal que era, falhou em alguns jogos, ele sabe disso, é o primeiro a saber. Hoje não posso destacar ninguém, a forma como jogaram, a liberdade que tiveram a atacar e a qualidade que tiveram a defender fez deles justos vencedores.

[Objetivo na Liga Europa] É ganhar a próxima eliminatória como era antes desta.

[Vai ser difícil manter Amorim?] O resultado desta eliminatória não muda nada. Para as pessoas pode mudar, mas a minha ideia continua a ser a mesma e aquilo que disse antes do jogo mantenho.»

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