Pote recorda quando quase foi assaltado (por causa de Iniesta)

17 jul 2024, 19:12
Pedro Gonçalves (RODRIGO ANTUNES/LUSA)

Internacional português recorda passagem por Braga e admite que pode «dar mais», para evitar «alguns apagõezinhos» durante a época

Pedro Gonçalves recorda a conquista do campeonato na última temporada e garante que o Sporting foi a melhor equipa dessa edição da Liga. Em entrevista à televisão dos leões, o internacional português fala também sobre a festa no Marquês de Pombal e a forma como todos os jogadores trabalham para dar alegrias aos adeptos.

«Sinto que o título da última época foi indiscutível, fomos a melhor equipa. Em 2020/21 talvez também tenhamos sido a melhor equipa, mas não éramos tão regulares. No Marquês de Pombal sentimos a emoção e é o mínimo que podemos oferecer às pessoas que nos acompanham durante todo o ano. Queremos que se sintam alegres, que naquele dia não pensem em mais nada e que só pensem em festejar o título do seu grande amor», afirma.

Com um total de 76 golos e 43 assistências em 178 jogos pela equipa principal do Sporting, Pedro Gonçalves confessa que consegue ainda dar mais ao clube e que pretende melhorar em certos aspetos do seu jogo.

«Sei que consigo dar mais, que consigo fazer a diferença e tenho trabalhado para isso. Quero ser um jogador que consegue fazer mais golos, mais assistências e que dentro dos 90 minutos não tenha alguns apagõezinhos. Melhorei em alguns aspetos, mas também não sinto que seja um jogador muito diferente, porque o meu estilo de jogo sempre foi este e não tenho muitas diferenças», acrescenta o internacional português.

Questionado sobre a chegada aos leões e o impacto que teve nessa temporada (2020/21), Pedro Gonçalves partilha o momento em que se tornou o melhor marcador do campeonato, superando assim Haris Seferovic. Além disso, aborda também o golo que apontou frente ao Arsenal há duas épocas, do meio-campo e que correu o mundo.

«Nunca imaginei, nem hoje acredito no que fiz, mas sei que foi histórico. Individualmente, o jogo com o Marítimo nessa época (2020/21) foi aquele em que me senti mais realizado. Quando entrei em campo já sabia que o Seferovic tinha feito dois golos e estava na casa de banho quando tomei consciência que tinha de marcar três. Disseram que me iam ajudar a marcar os três golos e foi isso que aconteceu», refere Pedro Gonçalves.

«Para mim esse foi o momento mais alto, até me pediram as chuteiras para serem colocadas no museu. Ainda assim, houve outros jogadores a fazerem golos semelhantes, como o Kane ou o Fatawu, apesar do meu ter sido no Emirates, para uma eliminatória da Liga Europa», admite o jogador.

Na mesma entrevista, Pote falou do passado para recordar a mudança para os sub-13 do Sp. Braga, em 2010. O internacional português considera até que a ida para os arsenalistas foi mais complicada do que rumar a Valência, anos mais tarde. Durante essa aventura, quase foi assaltado.

«Foi mais difícil ir de Vidago para Braga. Sempre nos tentaram oferecer tudo, até motoristas, mas os treinos eram só à noite e a partir daí não tinha mais ninguém, tinha de ir sozinho para o restaurante, para a casa da senhora que alojava os jogadores», começou por contar.

«Até cheguei a ser meio assaltado, porque estava a fazer a caderneta dos cromos e parei, feito burrinho, às 22h00 num sítio mais escuro… Então uns miúdos começaram a ver e a dizer "nós não temos este". Queriam ficar com o meu Iniesta. E perguntaram por dinheiro e telemóvel… comecei a correr. E fiquei com o Iniesta», ri-se.

«Por isso foi mais fácil quando fui para Valência, foi bom para aguentar o meu primeiro ano de Valência, um ano sem competir, a FIFA dizia sempre que me ia inscrever e depois tive de aguentar só a treinar, sem competir», remata.

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