João Pereira recuou aos primeiros anos da carreira de jogador e treinador para sublinhar a capacidade de lidar com as críticas
À margem da antevisão do jogo em Bruges, com o Club Brugge, João Pereira comentou a pressão sentida enquanto treinador do Sporting.
«Até onde vou? Até ao fim, a vida para mim nunca foi fácil, se não aguentasse a pressão não estaria aqui. Quando comecei a jogar, lembro-me de dizerem que eu era franzino, não jogava com o pé esquerdo, era pequenino, não jogava de cabeça e só dava porrada, que não conseguiria singrar no futebol. Mas tive a carreira que conhecem, uma carreira simpática para o que muitos esperavam.»
«Quando comecei a carreira de treinador, recordo-me de como os primeiros anos foram complicados, de ficarmos próximos dos últimos lugares nos sub-23 do Sporting. E dizia-se: “Metemos um jogador que não percebe nada disto, mandem-no embora”. Passados três anos, fizemos uma época excelente pelos sub-23, a um ponto de sermos campeões. A partir daí, o João Pereira já era o futuro.»
«Na equipa B conseguimos praticar bom futebol, com tudo a correr bem e a qualificação praticamente garantida na Youth League. Chegámos à equipa principal, os resultados não têm sido os esperados, então o João Pereira já não serve. É normal na vida do treinador. Eu não posso é ter dúvidas do que sou e do que quero que a equipa faça. O futuro vai ser muito melhor», atirou, em conferência de imprensa.
O Sporting joga na Bélgica na noite de terça-feira (20h), um encontro da 6.ª jornada da Champions para acompanhar, ao minuto, no Maisfutebol.